No Brasil, 33,4% dos universitários estão procurando de uma oportunidade de estágio. É o que revela um levantamento inédito, feito pela Companhia de Estágios, empresa que oferece soluções em seleção de estagiários, trainees e aprendizes para algumas das maiores organizações do país.
Enquanto 1/3 dos estudantes ainda procura estágio, outros 20,6% estão estagiando e 17,3% já estão no trabalho formal.
O objetivo do estudo “O perfil de estagiários e candidatos a estágio no Brasil — 2021” foi saber o status da vida profissional dos estudantes brasileiros e também compreender anseios, percepções e expectativas na busca por uma vaga.
Entre os dados que chamam atenção está o percentual de alunos que participaram da pesquisa e que são de universidades públicas, 45%, versus 55% que são de instituições privadas.
Na edição do ano passado desta mesma pesquisa, somente 27% eram de escolas públicas. Além disso, a maioria dos entrevistados está em cursos de humanas e sociais (43%) e exatas (41%). Apenas 15% fazem graduações relacionadas às áreas biológicas.
Segundo Tiago Mavichian, CEO e fundador da Companhia de Estágios, o estudo também buscou saber dos estudantes quais são as suas motivações para fazer faculdade e 52% disse ser a vocação.
“Entre os estudantes que ouvimos na pesquisa, 39% afirmaram ser a oportunidade (remuneração e chance de crescimento) seu maior incentivo. Ao compararmos os dados da pesquisa deste ano com os indicadores de 2020, a vocação perdeu relevância como principal motivação dos estudantes na hora de escolher a graduação. Já a oportunidade no mercado de trabalho ganha importância e pode ser um indicativo de que os jovens estão mais pragmáticos ao analisar o futuro da sua carreira”, analisa Mavichian.
Outro dado que a pesquisa traz é que 41,5% dos estudantes conseguiram a oportunidade de estágio em que estão através de sites de recrutamento, enquanto 23% conquistaram a vaga por meio de indicação.
Remuneração e renda familiar
Em relação à bolsa-auxílio dos universitários que estão estagiando, a maioria (45%) recebe até R$1.100 (salário-mínimo); 9% ganham acima de R$ 2.000,00 e 7,7% não são remunerados.
Quando o assunto é a renda da família, 45% dos entrevistados da pesquisa disseram ser de 1 a 3 salários mínimos e 18% fazem parte de lares cuja renda é de até um salário mínimo. Apenas 3% são de famílias com renda superior a 12 salários mínimos.
Antes pouquíssimo praticado entre os estagiários, o home office virou realidade durante a pandemia de Covid-19 como modelo de trabalho. Hoje, mais da metade desses estudantes já está trabalhando de casa ao menos alguns dias da semana, sendo que 38% estão no modelo 100% remoto e 16,5% no formato híbrido.
“Com a pandemia, muitas empresas tiraram o foco do controle do horário de entrada e saída e passaram a olhar mais para o resultado, ou seja, o valor que aquele colaborador agrega ao negócio. As companhias perceberam que com o home office é possível ter boa performance, entrega e engajamento do estagiário, que por sua vez pode ter mais tempo com a família e qualidade de vida”, afirma o especialista.
Quando questionados sobre o porquê buscaram um estágio, 56,9% manifestaram a vontade de adquirir experiência profissional. A facilidade em ingressar no mercado de trabalho foi apontada por 18% dos jovens, bem como cumprir o currículo obrigatório para a formação (13%) e ajudar na renda familiar ou no custeio dos estudos (12%).
“Pelo segundo ano consecutivo, cresce o número de estudantes buscando estágio com o objetivo de ajudar na renda da família ou custear os estudos. Em 2019, esse número era de 7,5%. Em 2020, 10%”, ressalta o CEO da Companhia de Estágios.
Além disso, 6 em cada 10 estagiários não se sentem prontos para o mercado de trabalho. Segundo a pesquisa, 40% dizem precisar adquirir mais experiência profissional e 20% responderam que precisam melhorar o currículo e se tornar mais competitivos.
Por outro lado, 25% acreditam que estão preparados e a formação é o suficiente para conquistar uma vaga.
Entre os atrativos para uma oportunidade de estágio, a assistência médica foi considerada o benefício mais relevante para 73% dos universitários. O horário flexível foi a resposta de 41% dos entrevistados.
Participaram da pesquisa 3.357 estudantes, sendo a maioria mulheres (67,5%) com idade entre 17 e 26 anos (67,6%) e que vivem na região Sudeste (71%). A maior parte vive em São Paulo, 50,7%. São do Rio de Janeiro 12%; 7,9% de Minas Gerais e 4,5% da Bahia. O Rio Grande do Sul concentra 4% do público. Da amostra, 51% são brancos e 45% negros (pretos e pardos).
Fonte: Assessoria de Imprensa – Companhia de Estágios.
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