INSS: veja como consultar taxas de juros do consignado atualizadas
Cidadão não precisa sair de casa para consultar as novas taxas de juros do consignado. Veja como realizar procedimento
Aposentados, pensionistas e outros beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já podem consultar as novas taxas de juros do empréstimo consignado. Vale lembrar que essas taxas passaram por algumas alterações em diversas instituições financeiras nos últimos meses.
Atualmente, o teto de juros do empréstimo consignado do INSS está em 1,66% ao mês. Já a taxa máxima de juros do cartão de crédito consignado está em 2,46% ao mês.
Essas taxas, no entanto, funcionam como uma espécie de teto. Isso significa afirmar que cada instituição financeira tem o poder de decidir qual a sua própria taxa de juros do consignado, desde que essa numeração não ultrapasse o teto definido pelo Ministério da Previdência.
Como consultar a taxa de juros
A boa notícia é que você não precisa sair de casa para conferir as taxas de juros do consignado nas mais diferentes instituições financeiras. Essa verificação pode ser realizada de maneira remota através do site ou app do Meu INSS.
Para tanto, basta abrir o aplicativo e clicar no ícone “Taxas de Empréstimo Consignado”. Logo depois, o sistema vai indicar uma lista de bancos com as suas respectivas taxas de juros.
A partir daí, o cidadão poderá comparar as melhores opções de pagamento e verificar qual instituição financeira está oferecendo atualmente a melhor taxa de juros do mercado.
É importante lembrar de realizar essa verificação com frequência. Isso porque cada instituição financeira pode alterar sua taxa de juros do consignado do INSS várias vezes ao longo do ano.
Sequência de quedas
Vale lembrar que já foram indicadas oito quedas do teto máximo da taxa de juros do consignado desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou ao poder,ainda no início do ano passado. A mais recente queda foi aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) ainda no último dia 24 de abril.
A ideia do Ministério da Previdência, capitaneado pelo ministro Carlos Lupi (PDT), é reduzir a taxa máxima de juros do consignado todas as vezes que o Banco Central (BC) decidir reduzir a taxa básica de juros, conhecida no meio do mercado como Selic.
Como a Selic está passando por uma sequência de reduções, o Ministério da Previdência está atuando para reduzir os juros do consignado em uma mesma velocidade.
“Meu compromisso é com os 39 milhões de beneficiários da Previdência Social. Eles que me movem a manter esse debate”, afirmou o ministro Carlos Lupi. Abaixo, você pode conferir todas as quedas na taxa máxima de juros que foram efetuadas desde o ano de 2017.
Data da resolução do CNPS | Teto do empréstimo pessoal (em %) | Teto do cartão (em %) |
28/09/2017 | 2,08 | 3,06 |
17/03/2020 | 1,80 | 2,07 |
28/09/2021 | 2,14 | 3,06 |
13/03/2023 | 1,70 | 2,62 |
28/03/2023 | 1,97 | 2,89 |
17/08/2023 | 1,91 | 2,83 |
16/10/2023 | 1,84 | 2,73 |
04/12/2023 | 1,80 | 2,67 |
11/01/2024 | 1,76 | 2,61 |
04/03/2024 | 1,72 | 2,55 |
24/04/2024 | 1,68 | 2,49 |
24/05/2024 | 1,66 | 2,46 |
Note que entre os anos de 2017 e 2023 foram apenas três reduções no teto máximo da taxa de juros do consignado do INSS. Entre 2023 e 2024 já foram sete. Este movimento reflete a nova política adotada pelo Ministro da Fazenda, Carlos Lupis (PDT), que promete cada vez mais reduções.
Febraban não gosta das quedas de juros
Em breve, este processo de definição do teto de juros do consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderá passar por uma série de mudanças. Ao menos este é o desejo dos representantes da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
De acordo com informações oficiais, estes representantes tiveram um encontro com a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. O pedido foi claro. Eles querem que o governo entregue para o Conselho Monetário Nacional (CNM) o poder de definir o teto de juros do consignado.
Eles argumentaram que ao entregar ao CNM este poder, a decisão sobre reduzir ou não os juros do consignado partiria sempre de um critério técnico e não político. Os representantes teriam ouvido de Dweck que o pedido é razoável, e que o tema será debatido em breve.