INSS: será mais difícil pedir benefício nas agências em 2020; Entenda

Com fechamento de agências, concessões devem ficar ainda mais lenta

A partir de julho de 2019, diversos serviços do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram liberados para que o segurado faça sem precisa sair de casa, seja através do telefone 135, aplicativo e site Meu INSS.

Segundo o presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira, o órgão vai cortar 50% da estrutura administrativa do instituto e, até junho de 2020, vai fechar quase metade das 1.200 agências por todo o país.

Mesmo investindo em tecnologias nos últimos anos, o órgão não deve pensar que isso é suficiente a ponto de encolher o serviço ofertado à população, uma vez que o perfil do beneficiário da seguridade são, em maioria, trabalhadores urbanos, rurais e assistenciais. Boa parte dos urbanos são pessoas humildes, com baixa escolaridade e pobres, que precisam de orientação.

Hoje, a fila de espera para a aposentadoria já demanda meses. Se o enxugamento ocorrer ainda mais, o engarrafamento dos pedidos de concessão ou revisão de benefícios pode piorar com ausência de pessoas para análise.

Digitalização é fundamental para combater fraudes, diz Presidente

Segundo o presidente do órgão, a transformação digital tem permitido que a autarquia trabalhe com quadro de pessoal mais reduzido. Por conta disso, contratações não estão no radar do órgão. “Não há perspectiva de concursos a curto prazo”, informou em entrevista ao CB Poder, uma parceria entre a TV Brasília e o Correio Braziliense.

Segundo o Presidente, a digitalização, que está sendo aprofundada no INSS e já alcança 90 dos 96 serviços fornecidos, é fundamental para o combate às fraudes na Previdência.

Ainda de acordo com Renato, o Tribunal de Contas da União (TCU) estima que 11% da folha de pagamento do INSS, o que dá cerca de R$ 5 bilhões por mês, têm algum tipo de irregularidade.

“Nos assustamos com o número de servidores que estavam recebendo o BPC, pois isso mostra a fragilidade do processo de negociação”, disse o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Renato Vieira, em entrevista ao CB Poder, uma parceria entre a TV Brasília e o Correio Braziliense.

Sem autorização de concurso

Sem a autorização para abertura de um novo concurso do Instituto Nacional do Seguro Social (Concurso INSS), a falta de pessoal no órgão poderá gerar um impacto de nada menos que R$9,7 bilhões aos cofres públicos no ano de 2020. Acontece que esta é a projeção dos gastos do Ministério da Economia para a regularização de benefícios que estavam represados, ainda aguardando em análise.

Segundo informações da Agência Reuters, o impacto foi calculado pela pasta, em nota enviada ao relator do Orçamento para 2020, deputado Domingos Neto (PSD-CE), assinada pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.

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