O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) voltou a realizar perícias médicas e a fazer outros atendimentos presenciais desde o ano passado. Vale lembrar que várias agências da autarquia fecharam por uma questão de segurança dentro do contexto de pandemia do novo coronavírus no Brasil em 2020.
Mesmo depois de tanto tempo desde a reabertura, o fato é que alguns pontos de atendimento seguem fechados até hoje. De acordo com o próprio INSS, algo em torno de 200 locais não atendem todas as medidas de segurança contra a contaminação pela Covid-19. Por isso, eles seguem fechados até esta data. Ao todo, eles possuem mais de 1500 pontos.
De acordo com analistas, tudo isso atrapalha o ritmo de atendimento de milhares de pessoas pelo país. Para esses especialistas, esses locais não devem reabrir sem segurança, mas o INSS deveria, em tese, ter feito as modificações nessas estruturas para que elas voltassem a servir os brasileiros das mais diversas regiões.
Segundo dados oficiais, a fila de espera para conclusão de processos do INSS está neste momento na casa de 1,8 milhão de cidadãos. São pessoas que estão esperando o resultado final das suas solicitações. Na prática, eles estão aguardando para saber se poderão ou não receber o dinheiro dos benefícios.
Boa parte desses brasileiros estão esperando uma resposta em relação ao Auxílio Doença. Muitos ainda esperam para realizar a famigerada perícia médica. É que ela que vai definir quem vai poder receber esse dinheiro. E no caso dessas pessoas, o problema tende a ser ainda maior.
Auxílio doença
É que vale lembrar que na maioria dos casos, os indivíduos que estão esperando pelo auxílio-doença ficam sem nenhuma renda. É que, pela regra, esses cidadãos precisam sair do emprego para solicitar o benefício junto ao INSS.
Assim, se o Instituto demora com a análise, o mais provável é que as pessoas acabem passando muito tempo sem receber nem o salário da empresa e nem o dinheiro do INSS. Por isso, o problema acaba se tornando ainda maior.
Recentemente, o Ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, disse em entrevista que o Governo vai conseguir zerar essa fila do INSS dentro de algo em torno de seis ou sete meses. Ele disse isso em agosto, o que já diminui um pouco o prazo dessa promessa.
Confusão no INSS
No ano passado, assim que o INSS anunciou o retorno ao atendimento presencial, a situação acabou virando uma confusão. De um lado, peritos médicos denunciavam as supostas falhas de segurança nesses locais de atendimento.
Do outro, no entanto, o próprio INSS insistia que essas exigências estavam dentro das normas. Pelo menos era isso o que supostamente estava acontecendo nos pontos que tinham a reabertura permitida. Depois de muita confusão, os peritos voltaram ao trabalho.
De qualquer forma, ninguém nega que isso tudo acabou sendo mais um fator para o atraso no atendimento dos trabalhadores. Alguns deles, aliás, afirmaram que estão há meses sem conseguir avançar com os seus processos