Que o custo de vida no Brasil subiu de uma hora para outra não é novidade. Mas você sabe quais itens ficaram mais baratos ou caros? Quais setores foram mais impactados? Veja abaixo o resultado da inflação do acumulada de 12 meses e tire todas as suas dúvidas.
Para se ter uma ideia, a inflação acumulada nos últimos 12 meses é a mais alta desde setembro de 2016. Sendo que o resultado acumulado ficou em 8,35%.
E se você está se perguntando se este valor é o “novo normal”, saiba que não. A meta do governo para o ano é de 3,75%. podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
Veja também: O que é inflação e como ela impacta na sua vida
Se o Brasil ficar acima da meta máxima para inflação, o Banco Central terá que expor os motivos publicamente.
Inflação por setor
Os alimentos pesaram significativamente na despesa dos brasileiros.
O preço de carne e de alimentos utilizados para o dia-a-dia, como óleo de soja e arroz tiveram significante alta neste acumulado de 12 meses da inflação.
A cesta básica chegou a consumir 60% da renda de quem ganha um salário-mínimo. Neste cenário o valor mínimo deveria ser R$ 5.421,84.
Outro item que pesou foram os combustíveis. Já itens em queda estão: cursos, hospedagem e transporte por aplicativo.
Veja o resultado por setor e na sequência por item:
- Alimentação e bebidas: 0,43%;
- Habitação: 1,10%;
- Artigos de residência: 1,09%;
- Vestuário: 1,21%;
- Transportes: 0,41%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,51%;
- Despesas pessoais: 0,29%;
- Educação: 0,05%;
- Comunicação: -0,12%.
Itens que mais aumentaram em 12 meses até junho:
- Óleo de soja: 83,79%
- Etanol: 59,61%
- Feijão-macáçar (fradinho): 48,19%
- Peito: 47,74%
- Arroz: 46,21%
- Músculo: 46,06%
- Pá: 45,54%
- Costela: 45,22%
- Lagarto redondo: 44,14%
- Gasolina: 42,21%
- Óleo diesel: 40,74%
- Lagarto comum: 40,60%
- Acém: 40,11%
- Patinho: 39,09%
- Repolho: 38,59%
- Material hidráulico: 37,98%
- Chã de dentro: 37,38%
- Colchão: 36,37%
- Contrafilé: 36,20%
- Cupim: 36,20%
- Filé-mignon: 35,15%
- Alcatra: 34,49%
- Picanha: 33,69%
- Carne de porco: 32,65%
- Pneu: 31,88%
- Carne de carneiro: 30,66%
- Salsicha em conserva: 30,45%
- Gás veicular: 30,03%
- Açúcar cristal: 28,38%
- Açúcar refinado: 25,14%
- Tijolo: 25,10%
- Linguiça: 24,90%
- Peixe-curimatã: 24,87%
- Alface: 24,66%
- Flores naturais: 24,37%
- Mandioca (aipim): 24,32%
- Gás de botijão: 24,25%
- Revestimento de piso e parede: 23,27%
- Joia: 23,18%
- Feijão-preto: 22,92%
- Capa de filé: 22,79%
- Ferragens: 22,74%
- Televisor: 22,31%
- Telha: 22,08%
- Fubá de milho: 22,01%
- Peixe-pintado: 21,93%
- Leite condensado: 21,26%
- Fígado: 20,91%
- Sardinha em conserva: 20,59%
- Margarina: 20,03%
Itens que mais diminuíram o valor em 12 meses até junho:
- Cebola: -35,71%
- Batata-inglesa: -31,36%
- Cenoura: -27,93%
- Manga: -23,74%
- Pepino: -17,95%
- Abacate: -17,61%
- Alho: -14,39%
- Transporte por aplicativo: -13,23%
- Tangerina: -12,78%
- Ônibus interestadual: -9,79%
- Feijão-carioca (rajado): -8,26%
- Abobrinha: -7,80%
- Morango: -6,30%
- Seguro voluntário de veículo: -5,54%
- Banana-da-terra: -5,47%
- Goiaba: -5,40%%
- Saia: -4,79%
- Ensino superior: -4,74%
- Pós-graduação: -4,15%
- Hospedagem: -4,02%
- Farinha de arroz: -3,98%
- Vestido infantil: -3,69%
- Neurológico: -3,32%
- Artigos de maquiagem: -3,06%
- Livro não didático: -2,97%
- Curso preparatório: -2,92%
- Pedras: -2,77%
- Peixe-pescada: -2,61%
- Camarão: -2,17%
- Peixe-dourada: -2,14%
- Cheiro-verde: -1,95%
- Mochila: -1,82%
- Bacalhau: -1,82%
- Peixe-salmão: -1,71%
- Curso de idioma: -1,61%
- Conserto de televisor: -1,51%
- Pré-escola: -1,46%
- Casa noturna: -1,35%
- Agasalho infantil: -1,22%
- Ônibus intermunicipal: -1,08%
- Maçã: -0,87%
- Maracujá: -0,70%
- Caldo de tucupi: -0,68%
- Cinema, teatro e concertos: -0,62%
- Bermuda/short infantil: -0,58%
- Mão de obra: -0,52%
- Creche: -0,43%
- Peixe-tainha: -0,40%
- Vidro: -0,38%
- Conjunto infantil: -0,38%