Inflação sobe 0,83% em maio; Veja se pode continuar subindo em 2021!

Segundo dados do IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o sistema oficial para determinar a inflação no país, bateu 0,83% no mês de maio. Sendo assim a maior alta para um mês de maio desde 1996. Ano em que o número chegou a 1,22%.

O maior impacto sobre a inflação foi advindo da alta da energia elétrica, que foi de 5,37%. Segundo dados estimados pelo IBGE, somente ela correspondeu a 0,23 ponto percentual no IPCA. O índice já acumula alta de 3,22% no ano e de 8,06% nos últimos 12 meses.

Com esses números o IPCA fechou com percentual bem acima do teto estabelecido pelo governo que era de 5,25%. O centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,75% com margem de erro de 1,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. Sendo assim o IPCA deveria ficar entre 2,25% e 5,25%.

A energia elétrica e gasolina foram os maiores impactos na inflação

No mês de maio passou a valer a bandeira tarifária de patamar 1. Isso representa um acréscimo de R$ 4,169 na conta de luz por KWH, isso tudo sem contar os reajustes ocorridos no mês de abril que afetaram diversas regiões de todo país.

Por conta desse aumento drástico, a eletricidade foi a área que mais impactou no resultado negativo da inflação, ela sozinha representou 0,23 pontos percentuais no resultado do IPCA.

Além da energia elétrica, o grupo dos transportes foi o que teve o segundo maior impacto sobre a inflação,tendo um aumento de 1,15% no mês de maio. Muito desse aumento devido a alta dos combustíveis, gasolina (2,87%), etanol (12,92%) e óleo diesel (4,61%). A gasolina já acumula alta de 24,70% no ano e nos últimos 12 meses de 45,80%.

Alimentos também tem aumento no mês de maio

Os alimentos e bebidas registraram inflação de 0,44% no mês de maio, isso após já ter tido alta no mês anterior de 0,40%. Os preços para alimentação em residência sofreram uma diminuição de 0,47% em abril para 0,23% em maio. Muito devido à baixa nos preços de produtos como frutas(-8,39%), da cebola (-7,22) e do arroz (-1,14).

Por sua vez, as carnes que já vinham tendo aumento de preço a um bom tempo continuam a subir. No mês de maio as carnes tiveram um aumento de 2,24%. Enquanto o acumulado dos últimos meses já chega a 38% de aumento.

Enquanto na alimentação em domicílio se registrou uma queda nos preços, a alimentação fora de domicílio registrou um aumento de 0,98%, acelerando em relação a abril quando estava com 0,23%. Muito disso se deve a alta nos preços das carnes. Quando se come fora é comum que o consumo de carne e de alimentos que tiveram um aumento significativo de preço seja maior do que quando se come em casa.

Inflação tende a ficar acima do teto em 2021

A meta de inflação é estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O banco central no intuito de alcançar a meta estabelecida eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que no momento se encontra em 3,5% ao ano.

A meta do governo para a inflação em 2021 é de 3,75%, podendo variar de 2,25% a 5,25%. Porém, o mercado financeiro continua prevendo uma Selic acima do teto de 5,75% ao ano no fim de 2021.

Com isso, a expectativa é de que tenhamos novas altas dos juros ainda em 2021. Já para 2022 o mercado financeiro estima uma inflação de 3,70%. No próximo ano a meta central de inflação é de 3,50% e será devidamente cumprida caso o índice oscile entre 2% e 5%.

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