Inflação foi mais "dramática" para famílias de baixa renda; Entenda

Inflação foi mais “dramática” para famílias de baixa renda em dezembro; Entenda

A inflação é a maior preocupação do governo brasileiro desde o ano passado, pairando sobre todos os aspectos da economia. Com isso, ficou cada vez mais caro comprar mantimentos do dia a dia, pagar a conta de energia elétrica e todos os outros itens do cotidiano de milhões de brasileiros.

Segundo levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) nesta quarta-feira (12), as cestas de compras de todas as faixas de renda aumentaram em dezembro. Além disso, o Ipea observou que a inflação foi mais dramática para as famílias de renda muito baixa, ou seja, aquelas que ganham menos de R$ 1.726,01.

Impacto da inflação nas classes de renda

Os efeitos da inflação são sentidos em toda a economia. Portanto, à medida que os preços aumentam, a quantidade de bens que podem ser adquiridos diminui com o tempo. Mas, no final das contas, como a inflação afetou os preços de itens do dia-a-dia em diferentes faixas de renda?

Segundo a pesquisa do Ipea, as famílias de renda baixa e média baixa tiveram inflação acima do índice geral, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fechou o mês de dezembro em 0,62%, sendo 0,67% e 0,69%, respectivamente.

Importante destacar que, as famílias de renda baixa correspondem ao grupo de pessoas que recebem entre R$ 1.726,01 e R$ 2.589,02. Já as famílias de média baixa representam aquelas que ganham entre R$ 2.589,02 e R$ 4.315,04.

Por outro lado, as famílias de renda média, média-alta e alta foram menos afetadas pela inflação em dezembro, atingindo 0,62%, 0,59% e 0,50%, respectivamente. Segundo o Ipea, famílias de renda média são definidas como aquelas com renda mensal entre R$ 4.315,04 e R$ 8.630,07. Já as de renda média-alta ganham entre R$ 8.630,07 e R$ 17.260,14. Por fim, o grupo de alta renda ganha mais de R$ 17.260,14 por mês.

Efeitos da inflação de 2022 por grupos

A inflação fez com que o custo de muitos bens aumentasse significativamente, afetando os custos e o padrão de vida. Sendo assim, vejamos seus efeitos de acordo com cada grupo:

  • Alimentação e bebidas: 11,64%;
  • Habitação: 0,07%;
  • Artigos de residência: 7,89%;
  • Vestuário: 18,02%;
  • Transportes: -1,29%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 11,43%;
  • Despesas pessoais: 7,77%;
  • Educação: 7,48%;
  • Comunicação: -1,02%.

Banco Central e combate à inflação

Para conter as pressões inflacionárias, o Banco Central aumentou consideravelmente a taxa básica de juros, mais conhecida como Selic, a fim de dificultar a obtenção de empréstimos e reduzir a demanda.

Adentrando em 2023, muitos acreditam que uma recessão é iminente e muitas famílias terão que continuar contraindo empréstimos a taxas mais altas para acompanhar as compras essenciais.

Em suma, do lado positivo, alguns especialistas esperam que, embora a desaceleração econômica ocorra, a inflação será de curta duração e não tenha um impacto tão profundo na economia como em épocas anteriores.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?