A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou nesta sexta-feira (28) que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 1,82% durante o mês de janeiro. Este valor foi obtido após o mesmo índice variar 0,87% no mês anterior. Com o estudo podemos observar que o índice acumula alta de 16,91% nos últimos 12 meses, resultado do período de inflação.
Já ao analisarmos o mês de janeiro de 2021, o índice havia subido 2,58% e acumulava alta de 25,71% em 12 meses. A “inflação do aluguel” fecha 2021 com alta de 17,78%. Mesmo após desacelerar em 2021, o IGP-M registrou a segunda maior alta anual desde 2002, atrás somente do resultado de 2020.
Construção fica mais cara durante 2021
Outro ponto que também ficou mais caro durante 2021 foram os valores na construção civil. De acordo com o Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M), também divulgado pela FGV, informou que o índice teve um aumento de 0,30% em dezembro, desacelerando em relação a novembro, quando o indicador aumentou 0,71%.
Pode-se observar aumento de 14,03% no acúmulo do custo para a construção durante o ano passado, valor este que se vê bem acima do verificado em 2020, quando o indicador fechou o ano com alta de 8,66%. Além disso, no mês de dezembro, a taxa dos materiais, equipamentos e serviços ficou em 0,49%, valor obtido após subir 1,11% em novembro. No mês de outubro o preço médio de cada metro quadrado chegou a R$ 1.506,76.
Grande parte desse aumento pode ser explicado pela elevação nos custos de materiais e equipamentos, que foi de 0,48% em dezembro, com decréscimo em três dos quatro subgrupos componentes. Em contrapartida, deve-se destacar a parte dos materiais para estrutura, cuja taxa apresentou uma queda de 0,73% para -0,45%.
Em outro momento, a variação dos serviços passou de 0,49% em novembro para 0,57%, apresentando como destaque o aumento da refeição pronta no local de trabalho, que passou de 0,49% para 1,97% em dezembro. Neste mês, a mão de obra variou 0,10%, após subir 0,28% em novembro.
A inflação do aluguel
O IGP-M conhecido como ‘inflação do aluguel’, é responsável por servir de parâmetro para o reajuste de diversos contratos, como os de locação de imóveis. Assim, além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e dos insumos da construção civil.
Desde 2020, este índice tem subido, se colocando bem acima da inflação oficial do país, medida pelo IPCA. De acordo com os dados divulgados IBGE nesta semana, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acumula alta de mais de 10% no último ano.
O IGP-M é composto por diversos fatores, dentre eles temos:
- O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que possui peso de 60% na composição do IGP-M, no qual subiu 2,3% em janeiro, após alta de 0,95% em dezembro.
- O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, este variou 0,42% em janeiro, ante 0,84% em dezembro.
- O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M, que por sua vez ficou em 0,64%, ante 0,30% em dezembro.
Por fim, o especialista André Braz, informa que: “A inflação ao produtor segue espalhada. Os preços dos bens de investimento subiram 2,07%, ante 0,78%, em dezembro de 2021. Já os preços de materiais e componentes para manufatura avançaram para 1,33%, depois de subirem 0,40% no mês passado”.