O avanço contínuo da tecnologia está promovendo uma revolução na forma como garantimos a segurança das transações bancárias e autenticação de identidade. Uma das tendências mais notáveis nesse sentido é a gradual eliminação do uso tradicional de senhas bancárias e o emprego do reconhecimento facial.
Vale pontuar que, essa transformação já está em andamento em diversos sistemas, inclusive no âmbito oficial do Governo Federal.
Assim, o emprego do reconhecimento facial como método de autenticação é uma das principais alternativas em ascensão. E, como podemos observar, essa abordagem tem ganhado crescente aceitação nos aplicativos bancários, e até mesmo em plataformas governamentais.
Nesse procedimento, a câmera do dispositivo móvel é utilizada para capturar a imagem facial do usuário, sendo solicitados movimentos específicos, como girar a cabeça para a direita ou sorrir, a fim de confirmar a autenticidade.
Essa evolução em relação ao uso das senhas bancárias surge como uma resposta ao aumento das atividades fraudulentas, como o roubo de senhas, que ameaçam a segurança dos usuários.
Dessa forma, a adoção de reconhecimento facial proporciona uma camada adicional de proteção, uma vez que a biometria facial é única para cada indivíduo. No entanto, é importante mencionar que, apesar das promissoras vantagens, existem desafios a serem superados.
Dificuldades técnicas, como a precisão do reconhecimento em diferentes condições de iluminação ou expressões faciais, ainda precisam ser abordadas para aprimorar a confiabilidade dessa abordagem.
Além disso, preocupações relacionadas à privacidade e ao armazenamento seguro das informações biométricas também surgem como pontos críticos a serem considerados.
Ainda assim, à medida que a tecnologia evolui e os sistemas de reconhecimento facial se refinam, a perspectiva de reduzir significativamente o número de fraudes e melhorar a segurança dos usuários se torna cada vez mais viável.
Para esclarecer mais sobre essa transição que vem ocorrendo, organizamos esse texto. Confira!
Substituição das senhas bancárias pelo reconhecimento facial
Uma das medidas pioneiras para fortalecer e expandir ainda mais esse serviço, isto é o uso dA biometria, como o reconhecimento facial, consiste na recente diretriz estabelecida pelo Banco Central, dirigida às instituições financeiras.
A partir do próximo dia 1º de setembro, será obrigatório o compartilhamento mútuo de dados e informações relacionados a atividades fraudulentas entre essas instituições.
Essa iniciativa tem como objetivo primordial a redução substancial da incidência de delitos financeiros em todo o país, uma meta firmemente almejada pelo Banco Central.
Notavelmente, após o período da pandemia, as instituições financeiras ampliaram consideravelmente a adoção de tecnologia como o reconhecimento facial.
Atualmente, a biometria emergiu como uma forma de assinatura avançada, reforçando ainda mais a segurança das transações e das interações financeiras em geral.
Estamos diante de um cenário no qual a tecnologia biométrica de reconhecimento facial desempenha um papel crucial na salvaguarda do sistema financeiro, refletindo um passo significativo rumo a uma era de operações mais seguras e confiáveis.
“Desde que foi decidido pelo Superior Tribunal de Justiça que as instituições financeiras são responsáveis por provar a autenticidade de assinatura em contrato quando questionado pelo cliente, aumentou o cuidado em adotar meios mais eficientes e seguros para garantir a autenticidade e a integridade das operações”, disseram Antonio Alves de Oliveira Neto e Viviane Prota de Oliveira, advogados do escritório Peck Advogados.
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Alerta de golpe
Enquanto o mecanismo de reconhecimento facial busca ampliar a segurança das transações, é importante saber que ele também tem sido explorado em atividades fraudulentas.
Nesse modus operandi, os criminosos começam obtendo uma fotografia da vítima, seja por meio de encontros presenciais ou através das plataformas de mídia social. Essa foto é então impressa e aplicada em um manequim, resultando na criação de uma representação falsa da vítima.
De acordo com um alerta emitido pela Polícia Civil do Paraná, que observou um aumento nas ocorrências desse tipo, os delinquentes frequentemente adotam o disfarce de entregadores para obter uma foto da vítima.
Para reduzir o risco de cair em golpes relacionados ao reconhecimento facial, é fundamental implementar múltiplos mecanismos de autenticação para acessar suas contas, como a autenticação de dois fatores.
Além disso, é aconselhável evitar o uso de dispositivos pertencentes a desconhecidos e recusar a solicitação de estranhos para tirar fotos suas. Tomar precauções como essas pode contribuir significativamente para a proteção contra essas táticas enganosas.