De acordo com o levantamento realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em conjunto com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o lançamento de imóveis no mercado cresceu cerca de 25% entre janeiro e outubro de 2021.
O levantamento indicou uma alta de 24,6% em comparação com o mesmo período em 2020. Os empreendimentos novos nesse intervalo somaram cerca de 107.390 Imóveis. O levantamento utiliza dados compartilhados por 18 incorporadoras associadas. Segundo o levantamento trimestral, de agosto a outubro do ano passado, no entanto, houve queda de 9,8% comparado com o mesmo período no ano de 2020. Foram lançados 38.680 imóveis neste período.
Já nos 12 meses acumulados até outubro de 2021, foram contabilizadas 142.282 unidades lançadas. Este volume corresponde a um incrível incremento de 20,8% no mercado imobiliário em relação aos 12 meses anteriores, demonstrando boas notícias ao mercado brasileiro.
Custos para construção de imóveis
Mesmo com o aumento no número de imóveis no mercado, construir casas se tornou cada vez mais caro no país. Segundo uma pesquisa realizada pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), os custos para construção ficaram quase 50% mais altos nos últimos cinco anos.
Ao analisar os dados da pesquisa, durante o período de 2016 para o fim de 2021, o valor médio do metro quadrado de uma construção subiu 47,43%, indo de R$ 1.027,30 para R$ 1.514,52. No mesmo período, a inflação acumulada foi de 28,15%. Um dos principais fatores para este aumento é o custo da mão de obra e o preço dos materiais no país.
O custo da mão de obra analisado pelo índice Sinapi subiu 21,84% nos últimos cinco anos, abaixo da inflação de 28,15%. Contudo, teve também como destaque o aumento da refeição pronta no local de trabalho, que passou de 0,49% para 1,97% em dezembro. Neste mês, a mão de obra para os imóveis variou 0,10%, após subir 0,28% em novembro.
Já os custos com despesas com material disparou para mais de 70% desde 2016, cerca de duas vezes e meia a inflação do período. De acordo com a economista Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), de São Paulo, a pressão de preços foi maior durante a pandemia.
Estatísticas de vendas
Ao se analisar com relação às vendas, nos dez primeiros meses de 2021, foram comercializadas 119.866 unidades, este número resulta em uma alta de 7,5% se comparado a igual período do ano anterior. Com o acumulado de 12 meses, foram vendidos 146.901 imóveis novos, o que representa 10,3% a mais do que no intervalo anterior.
Para a associação, o resultado já indica um bom desempenho do setor de venda de imóveis, ao analisar ao longo do ano passado. Em nota, a entidade aponta que há otimismo entre os empreendedores do setor imobiliário para as perspectivas de 2022, mas que seguem atentos ao cenário econômico