Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), recebeu a autorização do Governo Federal para novo concurso.
Assim, o futuro edital se destina à contratação de 8.141 cargos temporários para a realização de pesquisas. Desse número, 268 oportunidades serão para atividades do pós-Censo Demográfico 2022.
A publicação da portaria do Ministério da Gestão e do Planejamento ocorreu em edição do Diário Oficial da União da última quarta-feira, 16 de maio.
Desse modo, já se sabe que as contratações terão prazo de validade de um ano com possibilidade de extensão. Dentre as carreiras, portanto, estão:
- Agente de pesquisas e mapeamento: 6.742 vagas;
- Supervisor de coleta e qualidade: 806 vagas;
- Agente de pesquisa por telefone: 276 vagas;
- Agente censitário de mapeamento: 148 vagas;
- Codificador: 120 vagas;
- Supervisor de pesquisa: 49 vagas.
O IBGE ainda deverá definir as remunerações para os cargos. Isto é, dentro do prazo de até seis meses, quando deve publicar o edital oficial com todas as informações sobre o processo seletivo.
A líder do Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, Esther Dweck, falou sobre o assunto. Segundo ela, então, a liberação de contratação para o IBGE mostra todo o esforço do atual governo do presidente Lula para a reconstrução do estado brasileiro.
A ministra ainda declara que, em sua visão, o país acabou destruído no decorrer dos quatro anos do governo Bolsonaro.
Ademais, por meio de nota oficial, o instituto afirma que o processo seletivo terá a oferta de vagas temporárias. No entanto, há a possibilidade de prorrogação deste período, caso exista a necessidade. Sobre os profissionais, o IBGE diz que “eles atuarão na finalização dos trabalhos do Censo 2022 e também na coleta de outras pesquisas do IBGE”.
Como participar do concurso do IBGE?
Os candidatos que desejam participar do próximo processo seletivo do IBGE deverão aguardar a publicação do edital oficial do certame. Assim, este trará informações sobre o concurso, como número de vagas, cargos e locais de provas, por exemplo.
O último certame do instituto, ainda durante este ano, também foi para complementar e finalizar censo de 2022. Na ocasião, ocorreu a contratação dos cargos de agente de pesquisas e mapeamento e supervisor de coleta e qualidade.
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As carreiras tinha exigência de escolaridade de, pelo menos, o ensino médio completo. Desse modo, o salário é de R$ 1.387,50 e R$ 3.100, respectivamente.
Governo deseja concurso para cargos efetivos
A necessidade da realização de um novo concurso público com oferta de oportunidades efetivas ao IBGE continua no radar do Governo Federal.
Nesse sentido, o número insuficiente de servidores e a necessidade da contratação efetiva já é um fato que a ministra Esther Dweck reconhece.
De acordo com a líder do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos haverá a liberação do edital em breve. Esta virá junto do segundo pacote de concursos que o Governo Federal irá autorizar.
Até o momento, contudo, não existe uma previsão de quando a liberação irá acontecer. Isto é, considerando que a liberação do primeiro lote de editais ainda se encontra em curso.
Recentemente, em entrevista, a ministra destacou que a segunda leva de concursos contará com a abertura de um edital ao IBGE.
Segundo Dweck, desde a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff, existem diversas autarquias do setor público em risco. Isso se dá visto que têm cerca de 30% do seu quadro de funcionários aptos para solicitação da aposentadoria.
“Desde que eu estava aqui (no governo Dilma Rousseff), eu já acompanhava áreas que tinham muita gente em abono de permanência, com risco de aposentadoria, e a reforma da Previdência em 2019 acelerou. Áreas que já estavam com risco muito grande, com 30% da folha podiam se aposentar. IBGE e Banco Central, mas tem outras também”, destacou a ministra.
Ao tratar especificamente do IBGE, Esther Dweck afirma que o órgão possui uma grande necessidade da contratação de novos servidores.
“Nosso maior desafio foi contratar recenseadores, planejamos contratar 180 mil e o máximo a que chegamos foi 120 mil. Também tivemos problemas no pagamento dos recenseadores por não termos testado o sistema antes”, relatou o diretor de pesquisas, Cimar Azeredo, sobre os atrasos na realização e divulgação das informações do Censo 2022.
IBGE realizou solicitação de novo concurso
No início deste mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, confirmou que realizou uma solicitação ao Governo Federal para a liberação de um edital a cargos efetivos.
Encaminhado ao Ministério do Planejamento e Orçamento, pasta liderada por Simone Tebet, o documento pede a autorização para o lançamento de um novo processo seletivo com 2.378 vagas efetivas.
Assim, as oportunidades seriam para as seguintes carreiras:
- Analistas de planejamento, gestão e infraestrutura em informações geográficas e estatísticas: 412 vagas;
- Tecnologistas em informações geográficas e estatísticas: 467 vagas;
- Pesquisadores em informações geográficas e estatísticas: 11 vagas;
- Técnicos em informações geográficas e estatísticas: 1.488 vagas.
Além disso, o IBGE reiterou que, nos últimos anos, a autarquia vem sofrendo uma expressiva redução do seu quadro de servidores. Isto é, em razão de exonerações, falecimentos e, especialmente, pedidos de aposentadorias.
Ainda de acordo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, além da situação alarmante de redução do seu quadro de pessoal enfrentada pelo órgão, cerca de 25% do número total de seus servidores já pode solicitar a aposentadoria.
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Portanto, a necessidade de reposição do quadro de servidores efetivos se mostra urgente.
IBGE deve publica Censo 2022 em 28 de junho
A expectativa é de que o IBGE consiga divulgar os dados da população no dia 28 de junho, após uma sequência de atrasos na pesquisa. Trata-se, então, de informações obtidas por meio da realização do Censo Demográfico 2022.
O processo de recenseamento teve início no dia 1º de agosto de 2022, e passou por uma série de problemas. Desse modo, iss levou ao atraso da divulgação dos dados, que tinha previsão para ocorrer no mês de outubro do ano passado.
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Dentre as principais dificuldades para realizar os trabalhos estão atrasos em pagamentos no início da coleta, o que levou a ameaça de greves, e até a divulgação de fake news, que fez com que muitas pessoas deixassem de participar da pesquisa.