Em junho de 2022, Rico Zhang, presidente da Linha de Produtos Inteligentes e de Saúde da Huawei Consumer Business Group, anunciou os três novos projetos de pesquisa que a companhia está promovendo. Os estudos tratam sobre funções pulmonares, glicemia, que representa a concentração de açúcar no sangue, e bem-estar nas altitudes e fazem parte de uma estratégia de inovação da Huawei para seus smartwatches e smartbands, que quer estar à frente do mercado de tecnologia para monitoramento do bem-estar
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Segundo a fabricante, seus estudos focam em explorar tecnologias invasivas, minimamente invasivas e não invasivas no campo de pesquisa de açúcar no sangue, para proporcionar triagem e o acompanhamento dos riscos de hiperglicemia de forma mais conveniente e confortável.
Simultaneamente, a companhia continua pesquisando doenças respiratórias crônicas, e lançou estudos sobre dois grandes desafios à saúde respiratória: função pulmonar e rastreamento de doenças pulmonares obstrutivas crônicas.
Além disso, à medida que as viagens para altas altitudes se tornaram mais populares, a Huawei tem trabalhado para melhorar os recursos relacionados em seus vestíveis, e tem feito grandes avanços na medição de SpO2 nessas condições.
Os três projetos de pesquisa em saúde da Huawei representam avanços e inovações baseadas em tecnologias de ponta para wearables da marca, visando ajudar os usuários a identificar possíveis riscos à saúde e oferecer acesso a um monitoramento mais preciso e abrangente, para que possam acompanhar seu bem-estar de forma mais proativa.
A evolução do TruSeen
A Huawei conta com o sistema TruSeen, projetado para acompanhar e medir indicadores de saúde através de wearables (dispositivos vestíveis). Ao integrar suas tecnologias pesquisas científicas, a empresa acredita ser capaz de melhorar a precisão do monitoramento de bem-estar e oferecer uma experiência mais diversificada e enriquecedora aos usuários.
Em 2016, o TruSeen 1.0 já era capaz de medir a frequência cardíaca durante repouso. Em 2017, a versão 2.0 passou a monitorar seis tipos de frequência cardíaca ambulatorial, bem como testes com o Trusleep e estresse, trazendo aos usuários uma abordagem mais tangível para promover hábitos saudáveis.
No ano seguinte, a Huawei apresentou o TruSeen 3.0, capaz de rastrear os batimentos por minuto (BPM) em tempo real, 24 horas por dia. Em 2019, a geração 3.5 fez avanços trazendo a medição da saturação do oxigênio no sangue (SpO2), frequência cardíaca durante a natação e lembretes de hipóxia em áreas de alta altitude. Em 2020, o TruSeen 4.0 começou a contar com recursos de detecção precisa de Eletrocardiograma (ECG) e a medição contínua do SpO2.
Ano passado, foi lançado o TruSeen 5.0+, versão mais recente da tecnologia, que apresentou avanços na precisão do monitoramento da frequência cardíaca ambulatorial, adicionou rastreamento de SpO2 em altas altitudes e monitoramento da pressão arterial.
A última geração
A fabricante destaca que essa evolução da sua tecnologia só foi alcançada também por causa dos avanços contínuos nas capacidades de hardware. O módulo de frequência cardíaca foi atualizado de um caminho óptico de anéis de quatro canais para um de oito canais, e o layout dos sensores integrados foi redesenhado para ser mais coeso, só pra trazer algumas das diferenças. Além disso, a qualidade de fabricação melhorou e o dispositivo tornou-se significativamente menos suscetível a interferências por conta de sua construção.
A Huawei ainda diz estar comprometida em investir em pesquisas para melhorar ainda mais a precisão do monitoramento de dados. Além de pesquisar hardware e software, a fabricante realizou estudos detalhados sobre as três variáveis que têm o efeito mais significativo na precisão do monitoramento da frequência cardíaca: cenários de treino diversificados, diferenças entre grupos populacionais e mudança de fatores ambientais.
Como resultado do foco da Huawei no desenvolvimento de melhores tecnologias, os vestíveis da marca têm apresentado importantes avanços tecnológicos no campo de bem-estar. O Huawei Watch GT 2 Pro ECG, o Huawei Watch D e o aplicativo ECG da marca – que não estão disponíveis no Brasil ainda – foram registrados na Administração Nacional de Produtos Médicos da China como dispositivos médicos classe II. Com isso, eles podem realizar a triagem precoce para problemas cardiovasculares, como fibrilação atrial, batidas prematuras e anormalidades na pressão arterial. No entanto, isso ainda não permite que eles sejam considerados dispositivos médicos no país.