Horário de verão: Governo Federal estuda seu retorno (Entenda!)
Há dúvidas se a medida gera a mesma economia que antes
O Governo Federal está neste momento fazendo uma análise da real necessidade do retorno do horário de verão ainda para este ano de 2023. Todavia, ele havia sido cancelado no ano de 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), há um estudo em andamento sobre o tema.
A princípio, o ministério está avaliando se é realmente preciso e quais as razões para se restituir o horário de verão no país. De acordo com a pasta, “Com o relevante crescimento da micro e minigeração distribuída, percebeu-se um retorno do período de ponta para a noite, que tenderia a se reduzir com a adoção da política”.
Analogamente, o ministério diz que é necessário considerar e conhecer outros efeitos. Principalmente os relacionados ao aumento do consumo de energia elétrica no território nacional em alguns horários do dia. O MME leva em consideração outros fatores, como as condições energéticas do Sistema Interligado Nacional.
Desse modo, é preciso salientar que durante a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na eleição do ano passado, ele chegou a fazer uma enquete nas redes sociais sobre o retorno do horário de verão. Neste cenário, um grande número de usuários que participaram, afirmaram que apoiariam o seu retorno para este ano.
Horário de Verão
Ademais, o horário de verão normalmente se dá entre os meses de outubro e fevereiro. Nesta situação, todos os anos há um adiantamento dos relógios em uma hora, considerando o horário oficial de Brasília. Um dos objetivos principais é o de aproveitar o maior período de luz natural, durante a época mais quente do ano.
Dessa maneira, com o adiantamento dos relógios, há uma maior economia de energia elétrica no país, visto que há uma redução em seu consumo. Isso se dá principalmente no chamado horário de pico. Deve-se observar que nos últimos anos houve uma alteração no hábito de consumo de energia elétrica da população.
Por essa razão, houve uma transferência do horário de maior consumo diário de energia elétrica do início da noite para o meio da tarde. Sendo assim, considerou-se na época, que o horário de verão não apresentava os resultados esperados. Aliás, isso quer dizer que não havia uma economia como na época de sua instituição.
O horário de verão, com a mudança da rotina da população brasileira, deixou de fazer sentido, visto que não gerava uma economia real da energia elétrica nas regiões onde ele era instituído. Então,o governo da época decidiu suspendê-lo. Agora no terceiro mandato de Lula, há um estudo em andamento para seu retorno.
Governos anteriores
Durante o governo de Michel Temer (MDB), logo no início do mandato, sua equipe fez um estudo sobre a possibilidade de se cancelar o horário de verão. Esperava-se que a medida fosse suspensa, o que acabou acontecendo apenas no governo de Bolsonaro, que terminou com o adiantamento dos relógios em uma hora no país.
Em síntese, o Governo Federal na época, afirmou que o setor elétrico não conseguia mais apresentar resultados satisfatórios com a medida. Como falado anteriormente, a causa seria a mudança de hábito do brasileiro e também os avanços tecnológicos que por si só geravam uma economia de energia elétrica.
O MME, sobre o final do horário de verão, durante esse período, afirmou que “Não foi identificada economia significativa de energia, pois a redução observada no horário de maior consumo, ou seja, das 18h às 21h, é compensada pelo aumento da demanda em outros períodos do dia, especialmente no início da manhã”.
Deve-se observar que o Ministério de Minas e Energia diz que começou a perceber que o horário de verão não gerava mais a economia de antes, desde o ano de 2013. Na época, a contenção energética ficou em R$450 milhões. Ela caiu em 2016 para R$159,5 milhões, ou seja, no período houve uma redução da economia de 60% no total.
Em conclusão, a instituição do horário de verão no país no ano de 1931 durante o governo do presidente Getúlio Vargas. Ele se tornou permanente a partir de 2008, sendo que em 2019 o programa acabou sendo suspenso. Atualmente, cerca de 30 países em todo o mundo utilizam a estratégia para gerar uma economia de energia elétrica.