A Política dos Governadores é uma das bases da República Oligárquica, parte da República Velha.
O assunto é frequentemente cobrado pelos principais vestibulares do país, por alguns concursos e pela prova do ENEM. Assim, é fundamental que você compreenda corretamente o que foi a Política dos Governadores.
A Política dos Governadores foi um acordo político criado durante a República Velha. Por meio dele, as oligarquias (grandes famílias latifundiárias), representadas pela figura do coronel, ganhariam uma maior participação na política federal e regional. O Presidente da República, por sua vez, obteria apoio dessas famílias durante todo o seu mandato.
Historiadores afirmam que esse acordo realizado pelo Presidente Campos Sales teria sido o responsável pela criação da chamada República Oligárquica.
A Política dos Governadores foi criada durante o governo do Presidente Campos Sales, iniciado no ano de 1898.
Essa política é considerada a responsável por estabelecer os fundamentos de um grande acordo político, no qual as oligarquias de diversos estados brasileiros, liderados por São Paulo e Minas Gerais, os principais produtores da época, permaneceriam no poder do governo federal.
A manobra idealizada por Campos Sales favorecia tantos as oligarquias como o presidente. Isso porque, ao mesmo tempo em que o governo federal concedia vários benefícios aos coronéis, esses garantiram os votos votos necessários para eleger os candidatos aliados ao presidente da república. É válido destacar que, em grande das vezes, os coronéis utilizavam-se de meios ilegais para convencer os eleitores a votarem conforme os seus interesses, gerando o chamado voto de cabresto.
Ainda, a Política dos Governos, ao consolidar a República Oligárquica, também chamada de República do Café com Leite, consolidou também a descentralização do poder federal.
A Política dos Governadores não deixou de gerar duas importantes consequências que influenciariam o futuro do país. A primeira delas seria, como já mencionado, o aumento do poder dos coronéis, que utilizariam de sua influência para direcionar os votos dos eleitores e, assim, aumentar os seus poderes e riquezas. É válido destacar que a Constituição de 1891, a que estava vigente na época, legitimava que o voto não era secreto. Essa diretriz facilitava o uso do voto de cabresto, já que como todos ficariam sabendo em quem determinada pessoa votou, era impossível enganar o coronel e fugir de seus interesses.
Ainda, essa política dos governadores geraria a alternância no poder entre os estados de Minas Gerais e de São Paulo. Esse fenômeno ocorreria por mais de 30 anos e terminaria somente com o advento da chamada Revolução de 1930.