No relatório do Senador Eduardo Braga (MDB-AM) sobre a reforma tributária, uma questão crucial ganha destaque: o tratamento especial para o setor de energia elétrica.
Haverá um tratamento especial para o setor de ENERGIA ELÉTRICA na reforma? Entenda como isso pode impactar sua CONTA DE LUZ!
Dentre as emendas que foram apresentadas ao texto em discussão no Senado, um total de oito pedidos de parlamentares buscam implementar alterações que beneficiem o setor energético de diversas maneiras.
Em suma, a discussão ganhou destaque quando o Senador Alan Rick (União-AC) propôs uma emenda que solicita a inclusão da energia elétrica para todos os fins.
Inclusive com relação aos custos da atividade envolvidos na cadeia econômica, no grupo de atividades que pagarão apenas 40% do valor do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).
A energia elétrica como bem essencial
O Senador Rick argumentou que a energia elétrica é um recurso essencial, fundamental para o funcionamento de hospitais, residências e todos os demais setores da economia.
Além disso, ele também destacou que o aumento nas tarifas de energia pode gerar um efeito cascata em outros setores e aumentar a inflação.
O custo da energia elétrica no Brasil
De acordo com a Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia Elétrica (Abrace), o Brasil possui o maior custo residencial de energia elétrica em comparação com outros 33 países. Assim, em torno de metade desse custo é composta por impostos.
O economista do FGV Ibre, André Braz, ressaltou que o preço da energia elétrica exerce uma pressão significativa sobre o orçamento familiar, comprometendo cerca de 3,5% das despesas familiares e classificando-se entre as despesas mais expressivas.
Desse modo, Braz argumenta que os subsídios tributários à energia elétrica são essenciais tanto para as famílias quanto para a indústria, pois reduzem o custo dos insumos, estimulam a produtividade e geram empregos.
A luta contra o imposto seletivo
Uma emenda apresentada pelo Senador Esperidião Amim (PP-SC) busca evitar a incidência do Imposto Seletivo (IS) sobre operações com energia elétrica e insumos energéticos utilizados na geração de energia, alegando preocupações com questões ambientais e a saúde.
Dessa forma, essas propostas ganharam força após o grupo de trabalho da reforma tributária no Senado sugerir que o relator acolha essa sugestão em seu texto final.
Ademais, o Tribunal de Contas da União (TCU) também contribuiu com um relatório que argumenta contra a manutenção de alíquotas diversas e incentivos para regimes diferenciados. Assim, afirmando que essas práticas não são soluções efetivas como políticas públicas.
A importância da reforma tributária para a conta de luz
A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) tem se empenhado em convencer que a reforma tributária pode evitar um aumento de 30% na conta de luz dos brasileiros.
O presidente da Abradee, Marcos Madureira, ressalta a essencialidade da energia elétrica para a qualidade de vida das pessoas e destaca que a tributação sobre ela não deve criar um ônus adicional para a população de menor poder aquisitivo.
Energia renovável: rumo a um futuro mais verde
Além disso, há emendas que pleiteiam que a geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis pague apenas 40% do IVA. Assim sendo, o Senador Marcos Pontes (PL-SP) destaca que a energia renovável é crucial para a retomada do desenvolvimento do país e para a transição energética rumo a uma economia mais verde e descarbonizada.
Compromisso com o meio ambiente
Em resumo, o Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões de poluentes e neutralizar 100% delas até 2061, tornando o investimento em energia renovável uma necessidade imediata.
Desafios da reforma tributária
Essas solicitações evidenciam a complexidade e os obstáculos inerentes à reforma tributária, cujo objetivo é conciliar as exigências do setor energético, a equidade fiscal e o progresso econômico do país. O tratamento especial para a energia elétrica surge como um ponto crítico a ser debatido e decidido no contexto dessa reforma tão aguardada.