A guerra civil na Síria é considerada pela ONU um dos maiores desastres humanitários dos últimos tempos. Este terrível conflito é muito cobrado nos vestibulares do Brasil, assim como no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Portanto, vale a pena ficar ligado na temática.
Vamos explorar os principais pontos para você iniciar seus estudos. Acompanhe!
Estopim para o conflito
A guerra civil na Síria surgiu em razão da onda de protestos que aconteceram no país, por conta da Primavera Árabe que chegou no país em janeiro de 2011.
O país é governado pelo presidente Bashar al-Assad de forma ditatorial desde 2000 e por sua família desde a década de 1970.
A onda de protestos que se espalhava pelos países árabes, pediam reformas nos governos e democracia, além de condições de vida melhores, entre outras reivindicações.
O epicentro da guerra civil na Síria ficou dividida entre a cidade de Deraa e a capital Damasco. Com a forte repressão do governo, os protesto foram se espalhando por todo país, inclusive para Aleppo que é a maior cidade síria.
O início da guerra aconteceu quando os grupos que protestavam se aliaram aos militares desertores do governo, formando milícias armadas.
A ideia do grupo era responder com violência as investidas do governo e expulsar as tropas sírias das cidades. Porém a resposta de Bashar al-Assad foi aumentar a repressão e violência, transformando o país em um caos geral.
Contexto da Guerra Civil na Síria
A primeira mobilização da guerra civil na Síria teve a liderança do ELS – Exército Livre da Síria, que agia contra as tropas do governo sírio.
O grupo surgiu na Primavera Árabe com a mobilização de civis e posteriormente juntaram-se aos militares desertores em julho de 2011 de forma oficial.
O ELS representa a oposição moderada no país, e não está ligado a nenhum grupo religioso. Porém, conforme os conflitos iam se intensificando grupos extremistas foram surgindo.
Um dos maiores grupos extremistas sunitas é o “Frente Fateh al-Sham”. Até julho de 2016 eles eram o braço direito da Al Qaeda na Síria, posteriormente separaram-se pacificamente.
Outro grupo extremista aproveitou-se do momento sírio e invadiu o país em 2014 conquistando parte do território. Este grupo é o antigo braço iraquiano da Al-Qaeda conhecido como Estado Islâmico.
Com o Estado Islâmico na região realizou-se a fundação de um califado. O califado é um novo sistema de governo que é liderado pelo califa que é o sucessor do profeta e comanda a comunidade, podendo aplicar a lei islâmica (sharia).
Com a onda de violência gerada pela chegada do EI surgiu a Unidade de Proteção Popular do Curdistão Sírio para defender a população.
A YPG sigla em curdo, pertence ao Curdistão Sírio, controlada pelo povo Curdo. Além disso, o grupo também protege os curdos sírios de tropas turcas.
Mobilização no mundo
Diversos países agem na guerra de forma direta ou indireta. Os Estados Unidos adotaram uma política de enfrentamento ao Estado Islâmico buscando seu enfraquecimento.
Inclusive os EUA apoiaram grupos rebeldes como o Exército Livre da Síria e a Unidade de Proteção Popular.
Os russos, apoiam o governo de Bashar al-Assad, além de entrar no conflito ao lado do governo sírio contra o EI e os rebeldes.
O Irã também apoia o governo sírio, para evitar uma possível chegada de milícias sunitas ao poder. Desta forma, eles mandam armas, dinheiro e tropas para ajudar no conflito.
A guerra segue acontecendo, principalmente depois de derrotas importantes do Estado Islâmico com a perda de território em algumas regiões sírias.
Estima-se que a guerra já matou quase meio milhão de pessoas. Além de milhares pessoas que fugiram do país, corroborando para a Crise dos Refugiados em outros continentes.