O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu que a “está tudo melhorando” na economia do Brasil. Se o cenário e o ritmo de crescimento se mantiver, ele não descartou quase zerar déficit orçamentário em 2022. A declaração foi dada nesta sexta-feira (13) e as informações são do G1.
“No pior momento, quando todos diziam que a economia brasileira ia cair, que nós íamos entrar em depressão profunda, que nós não saberíamos lidar com a crise, eu sempre disse que íamos voltar ’em V’. Agora que o Brasil está crescendo 5% e que reformas estão andando, eu vou ficar pessimista?”, argumentou em entrevista à rádio “Jovem Pan”.
“Não vai ser agora que eu vou ficar pessimista. Agora está tudo melhorando, está tudo melhorando”, completou ele sobre o que espera para o próximo ano.
E continuou: “Está previsto para o ano que vem, dentro dos parâmetros que nós temos, o déficit poderia praticamente desaparecer no ano que vem, este ano cai para 1,7% [do Produto Interno Bruno], ano que vem estaria em 0,2%, 0,3% [do PIB], se a economia conseguir manter o ritmo de crescimento”, explicou o ministro.
Déficit primário e economia
Mas o que seria o déficit primário no orçamento que Guedes quer zerar? A princípio, isso significa que os valores arrecadados pelo governo com os impostos não foram suficientes para arcar com todos os gastos daquele ano. Ou seja, ficou “faltando” dinheiro.
Se houvesse “sobrado” dinheiro entre o que foi gasto pelo governo e o que foi arrecado, haveria superávit primário.
No ano passado, por exemplo, foram registrados R$ 743 bilhões de déficit primário – o pior resultado da série histórica. Os gastos decorrentes da pandemia também contribuíram para o resultado negativo.
Para o ano que vem é previsto um déficit R$ 170,4 bilhões, mas os valores ainda devem ser alterados já que este total considerava um crescimento de 2,5% na economia – o que pode não se concretizar e ser maior do que o esperado.
Veja abaixo resultado das contas do governo nos últimos anos, sendo que “+” significa superávit e menos déficit:
- 2010 (+77.891)
- 2011 (+91.891)
- 2012 – (+84.988)
- 2013 – (+72.159)
- 2014 (-23.458)
- 2015 (-120.502)
- 2016 (-161.257)
- 2017 (-124.261)
- 2018 (-120.221)
- 2019 (-95.065)
- 2020 (-743.087)