Paulo Guedes volta atrás e indica que não pagará reajuste para servidores

Guedes responde se Governo vai pagar reajuste para servidores públicos em 2022

Depois de dizer que poderia dar um reajuste de até 5% para todos os servidores federais, o Ministro da Economia Paulo Guedes, voltou atrás

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, decidiu recuar da sua declaração sobre um possível reajuste para os servidores federais. Nesta quinta-feira (9), o chefe da pasta econômica sinalizou que o Governo Federal não conseguirá pagar mais o aumento para os trabalhadores neste ano. Na última semana, ele chegou a sinalizar que poderia pagar o reajuste de até 5%.

Guedes deu a nova declaração enquanto participava do 2ª edição do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, em Brasília, através de uma videoconferência. O evento aconteceu no Brasil, mas ele participou direto de Los Angeles, onde está em viagem ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL) para participar da chamada Cúpula das Américas.

“O governo federal não conseguiu dar aumento de salários, mas reduziu impostos para 200 milhões de brasileiros, ao invés de ajudar só o funcionalismo, que ajudou nessa guerra. Logo ali na frente, vai ter aumento para todo mundo, vamos fazer reforma administrativa. Mas agora está em guerra também”, disse o Ministro por videoconferência.

Ainda no início desta semana, o próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) já tinha dado um toque para a mudança de tom. Em entrevista para o SBT, o chefe de estado disse que muito provavelmente não conseguiria pagar o reajuste para os servidores. Ele estava ao lado de Guedes, quando o Ministro seguiu as suas palavras nesta quinta-feira.

Inicialmente, o plano do Governo Federal era pagar um reajuste de 5% para todo o funcionalismo público. A declaração foi dada pelo próprio Ministro Paulo Guedes. O chefe da pasta econômica chegou a dizer que a taxa de aumento não atrapalharia a situação econômica do país, já que custaria um pouco mais de R$ 6,3 bilhões neste ano.

O reajuste dos servidores

No final do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou pela primeira vez que poderia pagar um reajuste para os servidores federais da área de segurança. A sinalização gerou desconforto nos trabalhadores de outros setores do governo.

Os servidores das outras áreas também começaram a exigir um reajuste salarial, assim como o presidente sinalizou que faria com os profissionais de segurança. Diante de uma negativa inicial do Planalto, parte dos trabalhadores decidiram entrar em greve.

Dessa forma, o Governo Federal realizou uma segunda sinalização. Foi neste momento que o Ministro Paulo Guedes chegou a falar publicamente que poderia pagar o reajuste de até 5% para todos os servidores da área federal.

Greves

Neste meio tempo, uma série de categorias decidiu realizar paralisações momentâneas ou até mesmo greves para pedir pelo reajuste. Foi o caso, por exemplo, dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Junto com os peritos médicos, os trabalhadores do Instituto cruzaram os braços por quase dois meses em quase todas as cidades do país. No entanto, eles decidiram voltar ao trabalho na última segunda-feira (23) depois de uma série de reuniões com o Governo Federal.

Seja como for, trabalhadores de outras categorias seguem parados. É o caso dos servidores do Tesouro Nacional e também do Banco Central (BC). Entre outras coisas, eles pedem pelo reajuste salarial e também por uma reestruturação de carreira.

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