Guedes defende aumento do teto salarial de R$ 39,2 mil do funcionalismo público: ‘Muito baixo’
Ministro da Economia acredita que aumentar o teto salarial, que é de R$ 39,2 mil, irá valorizar a 'meritocracia'
Nesta quarta-feira (09), Paulo Guedes, ministro da Economia, defendeu que haja aumento no teto salarial do funcionalismo público. De acordo com ele, um aumento nesse setor, que tem teto salarial de R$ 39,2 mil, irá valorizar a “meritocracia” e reter bons servidores.
De acordo com a lei, nenhum salário pode ser maior que R$ 39,2 mil, valor referente ao que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ganham. A declaração de Guedes foi dada durante debate virtual sobre a reforma administrativa. “Nós deveríamos ser mais meritocráticos nisso. A Presidência da República, o Supremo, têm que receber muito mais do que recebem hoje, pela responsabilidade do cargo, pelo peso das atribuições, pelo mérito em si para poder chegar a uma posição dessas”, opinou.
Guedes afirmou que acha um “absurdo” que os salários da “alta administração” do Brasil sejam tão “baixos”. “Eu acho um absurdo os salários da alta administração brasileira, acho que são muito baixos. Muita gente preocupada com o teto, a minha preocupação é ao contrário. Para preservar pessoas de qualidade no serviço público, como tenho visto aqui em Brasília”, afirmou.
Há pouco mais de uma semana, Bolsonaro reduziu a proposta de aumento do salário mínimo para os brasileiros. Será o segundo ano consecutivo sem aumento real do salário mínimo. Ele enviou para o Congresso Nacional proposta de R$ 1.067 para o ano que vem. Entretanto, esse aumento de R$ 22, em comparação ao valor atual, apenas repõe a inflação projetada para 2020, que tem medição feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A inflação projetada de 2020 é de 2,09%. Por apenas repor o índice, será o segundo ano que o salário mínimo é aumentado de verdade.