Os consumidores do país que compram gás de cozinha receberam uma grande notícia neste final de semana. Após subir na semana passada, quebrando uma sequência de mais de três meses de queda, o preço do botijão de gás de 13 quilos voltou a cair no país.
De acordo com dados do levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o gás de cozinha ficou 0,21% mais barato nesta semana no país. Isso representa uma queda de 21 centavos.
Com o acréscimo desse resultado, o preço médio do gás de cozinha passou de R$ 101,21 para R$ 101,00 no país. Embora o recuo tenha sido leve, os consumidores não têm o que reclamar, já que os preços vem caindo no país há mais de três meses, com exceção da semana passada, quando os valores subiram levemente.
Em suma, a última vez que o botijão de gás de 13 quilos havia registrado alta no seu valor, sem contar a semana passada, foi em meados de maio, quando o preço médio nacional chegou a R$ 108,84. Isso mostra que o valor caiu significativamente no país nos últimos meses, aliviando o bolso dos consumidores.
Por que o gás de cozinha está mais barato no Brasil?
O preço do gás de cozinha caiu de maneira significativa no país nos últimos meses, aliviando o bolso dos consumidores. Os recuos aconteceram, principalmente, por causa de um reajuste histórico promovido pela Petrobras, que reduziu em 21,3% o preço do botijão de gás comercializado às distribuidoras do país em meados de maio.
Em síntese, a Petrobras extinguiu a política de preço de paridade internacional (PPI), anunciando uma nova política para definir os preços dos combustíveis no país. Já no dia 1º de julho, a Petrobras reduziu novamente o preço do gás de cozinha vendido para as distribuidoras, dessa vez em 3,9%.
Além disso, o Governo Federal publicou uma Medida Provisória (MP) no início de janeiro, mantendo zeradas as alíquotas de diversos impostos sobre os combustíveis. A isenção do PIS/Cofins (impostos) sobre diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo (GLP), o famoso gás de cozinha, vai seguir até 31 de dezembro.
Variação dos preços nas regiões brasileiras
Nesta semana, os preços do gás de cozinha caíram em quatro regiões brasileiras, com as variações oscilando entre 14 e 27 centavos. A única exceção foi a região Norte, onde o preço subiu oito centavos em relação à semana passada.
Com o acréscimo destas variações, o preço médio do botijão de gás de 13 quilos foi o seguinte nas regiões brasileiras:
- Norte: R$ 112,32;
- Centro-Oeste: R$ 105,40;
- Sul: R$ 103,56;
- Sudeste: R$ 99,24;
- Nordeste: R$ 98,24.
Em resumo, o Nordeste apresentou o menor preço regional do país pela sexta semana neste ano. Em todas as demais semanas de 2023, o Sudeste comercializou o botijão de gás de 13 quilos mais barato do país.
A ANP também revelou que o gás de cozinha ficou mais barato em 16 das 27 Unidades da Federação (UF) na semana, com destaque para o Rio Grande do Norte, onde o preço caiu R$ 3,73.
Em contrapartida, dez UFs registraram aumento no preço do gás de cozinha, com altas que variaram entre sete e 91 centavos. Já no Amapá, o valor se manteve estável em relação à semana anterior.
Veja os estados com os menores preços do país
Na semana, Pernambuco continuou comercializando o gás de cozinha mais barato do país. Após passar os primeiros meses de 2023 na liderança do ranking nacional, o Rio de Janeiro perdeu a posição para o estado nordestino em meados de maio.
Pernambuco teve o menor preço do país nas últimas 14 semanas, enquanto o Rio de Janeiro comercializou o gás mais barato do país nas 20 primeiras semanas do ano. A propósito, o preço médio do gás de cozinha no estado nordestino ficou 13,8% menor que a média nacional.
Veja abaixo os locais com os menores preços do botijão de 13 quilos no país na semana:
- Pernambuco: R$ 87,01;
- Distrito Federal: R$ 91,74;
- Rio de Janeiro: R$ 92,44;
- Alagoas: R$ 93,12;
- Espírito Santo: R$ 94,73;
- Maranhão: R$ 98,24;
- Paraná: R$ 98,37;
- Ceará: R$ 98,65;
- Piauí: R$ 98,72;
- Sergipe: R$ 98,73;
Em suma, estes foram os únicos locais do país a comercializarem o botijão de gás a preços inferiores a R$ 100. Outros locais também tiveram valores bem próximos a essa marca: São Paulo (R$ 101,27), Goiás (R$ 101,98), Minas Gerais (R$ 102,02) e Bahia (R$ 102,39).
Botijão mais caro vem da região Norte
De modo diferente, o botijão mais caro do país foi o do Roraima (R$ 125,96). Inclusive, o estado nortista ocupou essa posição em todas as semanas de 2023. Nesta atualização, o valor do botijão de 13 quilos superou em 24,7% a média nacional, para tristeza dos consumidores do estado.
Confira abaixo os estados que tiveram os preços mais elevados do gás de cozinha na semana passada:
- Roraima: R$ 125,96;
- Mato Grosso: R$ 120,25;
- Amazonas: R$ 117,49;
- Tocantins: R$ 117,03;
- Rondônia: R$ 116,31;
- Acre: R$ 113,75;
- Santa Catarina: R$ 113,02;
- Amapá: R$ 112,59.
Auxílio Gás em agosto
A saber, o Governo Federal paga um benefício ajudar as famílias de renda mais baixa a adquirirem um botijão de gás de 13 quilo, sem comprometer a renda mensal das famílias. Em síntese, o benefício é chamado de Auxílio Gás.
Na prática, o pagamento do benefício ocorre bimestralmente, ou seja, a cada dois meses. Como a última parcela foi paga em junho, os beneficiários não receberam o Auxílio Gás em julho.
Em resumo, a retomada dos pagamentos do Auxílio Gás ocorreu em agosto, seguindo a lógica de pagamento das parcelas conforme a numeração final do NIS dos usuários, nos 10 últimos dias úteis do mês. Assim, um novo grupo tem acesso ao valor em suas contas a cada dia útil.
Veja abaixo o calendário de pagamentos do Auxílio Gás em agosto de 2023:
- NIS de final 1: dia 18 de agosto (LIBERADO);
- NIS de final 2: dia 21 de agosto (LIBERADO);
- NIS de final 3: dia 22 de agosto (LIBERADO);
- NIS de final 4: dia 23 de agosto (LIBERADO);
- NIS de final 5: dia 24 de agosto (LIBERADO);
- NIS de final 6: dia 25 de agosto (LIBERADO);
- NIS de final 7: dia 28 de agosto;
- NIS de final 8: dia 29 de agosto;
- NIS de final 9: dia 30 de agosto;
- NIS de final 0: dia 31 de agosto.
Por fim, cabe salientar que essa é a mesma data de pagamento do Bolsa Família. Dessa forma, as famílias recebem o pagamento duplo dos benefícios na mesma data, seguindo o calendário oficial informado pelo governo federal.