Os brasileiros que realizaram compras de imóveis residenciais nos últimos 12 meses pagaram um pouco mais caro no país. Isso porque o preço de venda de imóveis residenciais subiu 5,7% no recorte no primeiro trimestre de hoje.
A saber, na matéria que acaba de sair você poderá ver que de acordo com o Índice FipeZap, o avanço anual foi bem mais expressivo que o do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicador que considera a inflação do aluguel.
Em resumo, o IGP-M acumulou uma variação de apenas 0,17% em 12 meses. Da mesma forma, o Índice FipeZap subiu mais que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país.
No entanto, as variações foram bem semelhantes, já que o IPCA-15 acumulou alta de 5,36% no período. Para quem não sabe, o Índice FipeZap analisa o comportamento do mercado imobiliário em 16 capitais e 34 cidades brasileiras.
Assim, a Fipe divulga uma média de variação mensal e anual dos preços em todos estes 50 locais pesquisados, baseando-se em anúncios imobiliários publicados na internet.
Veja a variação dos preços em um ano
O levantamento revelou que os preços de venda dos imóveis residenciais subiram em 49 das 50 cidades pesquisadas. Entre as 16 capitais presentes no Índice FipeZap, todas tiveram taxa positiva no período, dificultando a vida dos consumidores que compraram um imóvel no período.
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Confira abaixo a variação registrada por todas as capitais pesquisadas:
- Goiânia (GO): 17,68%;
- Campo Grande (MS): 13,40%;
- Maceió (AL): 12,94%;
- Florianópolis (SC): 11,73%;
- Curitiba (PR): 11,62%;
- Recife (PE): 11,40%;
- João Pessoa (PB): 11,34%;
- Vitória (ES): 11,25%;
- Manaus (AM): 7,70%;
- Belo Horizonte (MG): 7,29%;
- Salvador (BA): 6,41%;
- Fortaleza (CE): 6,31%;
- São Paulo (SP): 4,80%;
- Porto Alegre (RS): 2,61%;
- Rio de Janeiro (RJ): 1,98%;
- Brasília (DF): 0,06%.
Esses dados revelam que apenas quatro capitais tiveram variações inferiores à taxa nacional. Como estas cidades exercem forte influência no Índice FipeZap, suas taxas menos expressivas puxaram a média do país para baixo, mesmo com várias cidades apresentando altas superiores a 10%.
Veja qual a capital mais cara do país
Em março, o preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas foi de R$ 8.400/m². Vale destacar que, mesmo com um dos avanços mais tímidos no último ano, São Paulo seguiu como a capital mais cara do país, com os imóveis com os maiores preços.
Confira o valor médio do metro quadrado de imóveis residenciais nas 16 capitais monitoradas:
- São Paulo (SP): R$ 10.304;
- Vitória (ES): R$ 10.223;
- Florianópolis (SC): R$ 9.907;
- Rio de Janeiro (RJ): R$ 9.882;
- Brasília (DF): R$ 8.795;
- Curitiba (PR): R$ 8.560;
- Belo Horizonte (MG): R$ 7.763;
- Maceió (AL): R$ 7.349;
- Recife (PE): R$ 7.302;
- Fortaleza (CE): R$ 6.901;
- Porto Alegre (RS): R$ 6.551;
- Goiânia (GO): R$ 6.431;
- Manaus (AM): R$ 6.051;
- Salvador (BA): R$ 5.681;
- João Pessoa (PB): R$ 5.607;
- Campo Grande (MS): R$ 5.493.
Como visto acima, apenas os valores de São Paulo, Vitória, Florianópolis, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba ficaram acima da média nacional. Contudo, as outras dez capitais pesquisadas tiveram valores inferiores ao preço médio do país.
No entanto, ao considerar todas as 50 cidades do levantamento, o metro quadrado mais caro foi o de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde chegou a R$ 11.876. Em contrapartida, o município de Betim, em Minas Gerais, foi o município com o metro quadrado mais barato do país, com o valor de R$ 3.611.
Preço de venda de imóveis disparou em 2022
O aumento dos preços de venda de imóveis residenciais teve um desempenho bastante expressivo em 2022. Embora a inflação tenha perdido força no país no decorrer do ano, isso não aconteceu no setor de venda de imóveis.
Por isso, as pessoas que compraram um local no ano passado não tiveram muito o que comemorar. O Índice FipeZap+ fechou o ano passado com uma variação de acumulada de 6,16%.
Esse foi o maior avanço anual desde 2014, quando os preços de venda de imóveis subiram 6,70%. Em outras palavras, faziam oito anos que os valores não subiam tanto quanto no ano passado.
A título de comparação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 5,79% entre janeiro e dezembro de 2022. Em resumo, o indicador estourou pela segunda vez a meta inflacionária. O IPCA é considerado a inflação oficial do Brasil.
Da mesma forma, o aumento nos preços do aluguel de imóveis residenciais também superou significativamente a taxa registrada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).
Na verdade, o indicador acumulou uma variação de 5,45% em 2022, taxa também inferior à do IPCA. A propósito, o IGP-M é considerado a “inflação do aluguel”.
Todos estes dados mostram que os novos proprietários de imóveis residenciais tiveram que pagar mais caro para adquiri-los no ano passado. E isso vem se repetindo em 2023, com os preços se mantendo em nível elevado no país.
Governo atual e imóveis
O Diário Oficial da União traz a publicação da Portaria MCID nº 146, de 7 de março de 2023, que regulamenta a retomada de obras inacabadas do programa Minha Casa, Minha Vida.
O programa atende quem recebe até R$ 8 mil mensais. A novidade mais importante é o aumento do valor máximo das unidades habitacionais destinadas às famílias da Faixa 1.