O Presidente Jair Bolsonaro quer aprovar o quanto antes um reajuste de salário de 5% para os servidores públicos. De acordo com as informações oficiais, o chefe do executivo encomendou um estudo sobre isso ao Ministério da Economia e bateu o martelo sobre o assunto.
Pelo menos essas são as informações da imprensa até aqui. Na última semana, a colunista Adriana Fernandes, do jornal O Estado de São Paulo, tinha falado sobre esse reajuste de salário. Nesta quarta-feira (23), foi a vez de o jornalista Valdo Cruz, da emissora Globo News, também dar essa informação.
A ideia é que o reajuste de 5% para esses servidores acabe trazendo um custo extra de mais de R$ 15 bilhões no próximo ano. Muitos analistas da área de economia estão criticando essa nova postura do Presidente de apresentar uma espécie de “pacote de bondades” para os trabalhadores.
Acontece que 2022 é ano de eleições presidenciais. Vale lembrar que os servidores públicos englobam a área da segurança pública. E essa é uma das fatias do eleitorado que o Presidente Jair Bolsonaro não quer perder em 2022. Pelo menos esse é o objetivo.
O Governo Federal ainda não confirma oficialmente esse reajuste do salário. No entanto, não se descarta a possibilidade de que Bolsonaro faça esse anúncio em uma declaração que ele deve fazer ainda nesta semana. Na ocasião, ele vai falar sobre a prorrogação do Auxílio Emergencial.
Prorrogação
Aliás, essa declaração está cercada de expectativa justamente porque o Presidente deve fazer uma série de anúncios sobre esses projetos para o trabalhador. Um desses pontos vai ser a prorrogação do Auxílio Emergencial por mais três meses.
Isso não é mais segredo para ninguém, mas o Presidente deverá confirmar essa informação. Ainda nesta quarta-feira (23), o Ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que o chefe do executivo vai confirmar isso mesmo. Assim, o benefício deverá seguir até o próximo mês de outubro.
Nada além disso vai mudar. Isso quer dizer portanto que o Presidente vai anunciar também que os valores seguem os mesmos. São mais três parcelas de montantes que variam entre R$ 150 e R$ 375. O número de beneficiários também não deve mudar. Seguirão portanto os 39,1 milhões de agora.
Além do reajuste
O tamanho da prorrogação interfere diretamente na construção do novo Bolsa Família. A nova versão do projeto deverá entrar em cena no próximo mês de novembro. De acordo com informações de bastidores, as parcelas terão um pagamento de algo em torno de R$ 280.
No entanto, falta saber quantas pessoas entrariam nesse programa. Ainda de acordo com informações de bastidores, o Presidente queria inserir mais 13 milhões, mas o Ministério da Economia está pregando cautela e quer apenas mais dois milhões de usuários.
Quem seriam essas pessoas? Também não dá para saber. Uma aposta que pode dar certo é que esses usuários que irão entrar são os que estão atualmente na fila de espera para entrar no atual Bolsa Família. De acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de dois milhões estão nesta situação.