Governo Lula toma decisão sobre greve do INSS; entenda o que vai acontecer

Governo Lula toma decisão sobre greve do INSS; entenda o que vai acontecer

Internamente, governo do presidente Lula tomou decisão sobre postura diante da greve dos servidores do INSS

Pouco mais de duas semanas depois do início da greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o governo Lula tomou uma decisão sobre o tema. De acordo com as informações de bastidores, essa decisão pode afetar diretamente o futuro da mobilização no país.

O ministério da Gestão estabeleceu um prazo para o fim das negociações com os servidores. A ideia é indicar esse prazo para o dia 16 de agosto. Caso não exista uma finalização da negociação até essa data, o poder executivo não vai mais apresentar propostas na tentativa de agradar os servidores previstos.

Para além disso, se não houver uma conclusão das negociações até essa data, o governo também não pretende incluir os reajustes anuais e a reestruturação de carreira no orçamento do próximo ano.

Prazo de envio do orçamento

A decisão tem um motivo. Em regra geral, o governo federal precisa enviar ao Congresso Nacional o projeto de lei orçamentária anual de 2025 até o próximo dia 31 de agosto. Qualquer previsão de gastos públicos para o próximo ano precisa ser indicado nesse documento

Assim, se governo e servidores precisam chegar em um acordo para conceder aumento no próximo ano, essa decisão precisa ser indicada no plano de orçamento. Caso contrário, não será mais possível realizar a alteração.

Vale lembrar que na sua última proposta, o governo federal ofereceu um reajuste de 23% para os cargos de carreira e de até 14,4% para o Plano Especial de Cargos (PEC).

Governo Lula toma decisão sobre greve do INSS; entenda o que vai acontecer
Haddad precisa enviar plano até 31 de agosto. Imagem: Diogo Zacarias/ Agência Brasil

Governo já ofereceu proposta aos servidores do INSS

Segundo informações do Ministério da Gestão Inovação em Serviços Públicos, o governo federal teria oferecido um aumento acumulado de até 28,7% em 4 anos. O reajuste começaria em 2023 e terminaria em 2026 de maneira escalonada.

Nessa mesma proposta, o governo também tinha se comprometido com a implementação do comitê gestor de carreiras que está previsto em lei.

Essa proposta também preserva valorização do vencimento básico. O que poderia reduzir a diferença com a gratificação de desempenho de atividades de Seguro Social, e a criação de gratificação de Atividade e Substituição a Gratificação e Atividade Executiva.

A proposta do governo federal, no entanto, não foi aceita ponto diante disso os principais representantes dos trabalhadores decidiram continuar a greve. As instituições que participam do movimento são:

  • Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps);
  • Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT);
  • Sindicato dos Servidores Federais em Saúde, Trabalho e Previdência no Distrito Federal (Sindsprev/DF);
  • Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal e Federação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef);
  • Sindicato dos Trabalhadores do Seguro e Previdência Social no Estado São Paulo (SINSSP-BR); e
  • Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho e Previdência Social do Rio Grande do Sul (Sindisprev-RS).

Por que governo teme greve?

Mas por que o governo federal está tão preocupado com essa greve? De acordo com informações de bastidores, existe uma avaliação de que se essa paralisação começar a ganhar muita adesão, poderá prejudicar o trabalho de pente-fino do Instituto Nacional do Seguro Social.

Este pente-fino foi anunciado recentemente pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). De acordo com ele, a medida vai ajudar a equilibrar as contas públicas. Ele acredita que muitas pessoas estariam recebendo benefícios previdenciários mesmo sem obedecer as regras básicas.

Caso a greve ganhe muita adesão, faltariam servidores para realização desse pente-fino, o que poderia consequentemente atrasar todo o desenvolvimento da revisão e do equilíbrio das contas públicas.

Até o fim da greve, no entanto, o cidadão que deseja realizar algum tipo de serviço em uma agência do INSS pode tentar realizar o procedimento no app do Meu INSS. Esta aplicação é gratuita e está disponível para download.

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