O Governo Federal planeja estender os pagamentos do Auxílio Emergencial para 2022, revendo a decisão de que os pagamentos terminariam em outubro. De acordo com informações de dentro do cenário político, o pagamento de R$ 150 deve ser mantido em dezembro, com possibilidade de aumentar no próximo ano.
Desde a criação do programa, já se teve várias prorrogações e agora novamente é debatido sobre a possibilidade de uma extensão do Auxílio Emergencial e que estaria nos planos do Governo.
A ala política do Governo estaria “trabalhando intensamente” para manter o benefício no mesmo valor até o final do ano, com o pagamento máximo de R$ 375. Até existe a possibilidade de diminuir o valor, o que seria muito negativo para o Governo se ele pensa em tomar o programa social como uma fonte para conseguir votos na campanha eleitoral.
Cortar o Auxílio Emergencial prejudicaria milhões de pessoas
A explicação dada para este esforço em manter os pagamentos do Auxílio Emergencial é de que hoje o programa beneficia mais de 45,6 milhões de brasileiros, profundamente afetados pela pandemia.
Quanto às explicações do Governo sobre os pagamentos ainda mais baixos em 2022, é possível prever uma ou duas teses: uma de que teremos uma retomada da economia mais significativa no próximo ano, reduzindo a meta da inflação e que além disso, será dado o início dos pagamentos do novo Auxílio Brasil, substituindo o Bolsa Família.
Trabalho em duas frentes
O trabalho para a extensão do Auxílio Emergencial estaria acontecendo em duas frentes: uma que estaria sendo debatida no Congresso e também uma outra tese que se trata de uma simulação de valores, custos e também o tempo de duração.
O Ministério da Cidadania atualmente é comandado por João Roma, que tem realizado constantes reuniões com Ciro Nogueira e Paulo Guedes, Ministro da Economia. A intenção é de aprovar a extensão do Auxílio ainda no próximo mês, um pouco antes dos pagamentos da última parcela da atual extensão.
Valores do Auxílio Emergencial são insuficientes para a cesta básica
Mesmo com os pagamentos do Auxílio Emergencial que aconteceram durante quase todos os meses do ano, o valor pago aos mais vulneráveis é insuficiente para atender as necessidades básicas de alimentação, além dos itens de higiene pessoal.
Como o quadro é crítico, além da pandemia que voltou a apresentar uma alta no número de mortes e casos diários, todo o cuidado deve ser redobrado, principalmente com a limpeza. Também se sabe que a pandemia tende a atingir principalmente os mais pobres.
Quem recebe um salário mínimo no país, apesar de ser uma remuneração bastante precária, consegue comprar a cesta básica em qualquer capital do país, mesmo nas cidades mais caras como São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Florianópolis. Porém para quem está recebendo apenas os R$ 150 do Auxílio, não tem como se dar a esse gosto.
Para uma família de pelo menos duas pessoas, os gastos básicos como arroz, feijão e carne dos 25 itens da cesta básica, passam dos R$ 700, sendo impossível adquirir a uma boa nutrição com o valor do Auxílio Emergencial.