O Governo Federal confirmou que vai estender o Auxílio Emergencial por mais dois meses, da mesma maneira que já vinha sendo feito, e com os mesmos valores. Além disso, está previsto o lançamento de um novo programa social, que entrará em vigor a partir de outubro. As informações foram cedidas para o blog do G1 por um ministro do governo.
Deste modo, o Auxílio Emergencial continuará na faixa de R$ 150 a R$ 375. Para famílias de uma pessoa só, que moram sozinhas, o valor das parcelas é de R$ 150, já para famílias de duas ou mais pessoas o valor é de R$ 250. As mães chefes de família monoparental recebem a maior quantia, de R$ 375.
O custo estimado da nova rodada do Auxílio emergencial é de R$ 9 bilhões mensais, dessa forma somando um total de R$ 18 bilhões. Fontes da área econômica do governo relataram ao site do G1 que há uma sobra dos recursos já autorizados pelo congresso, no valor de R$ 7 bilhões.
Novo programa social parecido com o Auxílio Emergencial
A proposta inicial, discutida entre a equipe econômica e o Ministério da Cidadania, era de prolongar o Auxílio Emergencial por mais 3 meses, porém, o ministro João Roma (Cidadania) quer lançar ainda em setembro o novo programa social. Conforme relatado ao G1, o intuito é ter nos últimos meses do ano um programa que sirva de “carro-chefe” eleitoral para o governo em 2022.
Em relação ao novo programa social, a ideia é que ele seja uma reformulação do Bolsa Família, com o intuito de abranger as pessoas que estão na fila de um benefício permanente. Ademais, o governo também terá mais dois programas, focados em jovens e em beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Bolsa para jovens “nem-nem”
O Ministério da Economia também pretende lançar um novo auxílio financeiro, chamado de Bônus de Inclusão Produtiva (BIP). A princípio, o projeto beneficiaria apenas quem trabalha de maneira informal. Entretanto, o Governo Federal decidiu incluir os jovens que nem estudam e nem trabalham, os chamados “nem-nem”.
O bônus pago pelo governo será de R$ 200 a R$ 300. Nesse sentido, a condição é de que os beneficiários invistam esse dinheiro em cursos de capacitação a distância. Desse modo, as empresas poderão contratar e treinar essas pessoas, oferecendo uma oportunidade de ingresso no mercado de trabalho.
Além disso, o governo também está estudando dar um estímulo para quem recebe o BPC. Esse estímulo seria para quem tem condições de voltar a trabalhar, mas não volta por medo de perder o direito ao benefício.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) paga um salário mínimo por mês para pessoas com deficiência e idosos com mais de 65 anos. Isso ocorre desde que comprovem não possuir meios de se manter, e que a família também não consegue lhe sustentar.
A proposta do Governo Federal é que essas pessoas voltem a trabalhar e continuem recebendo metade do valor do BPC, como um estímulo ao retorno para o mercado de trabalho.
Em suma, o governo vai estender o Auxílio Emergencial, e criando novos programas o quanto antes, já pensando na eleição do ano que vem. Isso porque em ano de eleição existem limitações para lançar programas sociais, e realizar gastos que indiquem motivação eleitoral.