Até o final de 2022, os cidadãos não precisarão mais se preocupar com o tempo de espera para receber um benefício do INSS. A promessa foi feita pelo presidente da autarquia, Guilherme Serrado, durante reunião da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (31).
Hoje, dados do Instituto mostram que a fila de espera para o recebimento de um benefício do INSS está na casa de pouco mais de 1,6 milhão de cidadãos. O número tende a ser maior, já que o patamar apresentado considera apenas a quantidade que aguarda por uma primeira análise.
Portanto, recursos e pedidos de revisão não entram nesta conta. De qualquer forma, Serrano garantiu que a fila será totalmente zerada até o final deste ano. Não é a primeira vez que membros do Governo Federal fazem esta promessa. Nesse sentido, o último Ministro do Trabalho e da Previdência, Onyx Lorenzoni (PL), também deu a mesma declaração.
Em entrevista em agosto do ano passado, Lorenzoni disse que o INSS zeraria a fila de espera em um prazo de seis a sete meses, no máximo. Pelas contas, a lista deveria estar zerada até o último mês de março deste ano. Estamos em junho, e a fila segue crescendo. O Ministro deixou o cargo sem cumprir a promessa.
Pesou contra a tarefa, a greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo as informações oficiais, os trabalhadores da área e os peritos médicos cruzaram os braços por quase dois meses. Assim, a fila de espera pelo recebimento de benefícios do Instituto Social, que já era considerada longa, se tornou ainda maior.
Greve acabou
No entanto, a greve dos servidores e dos peritos médicos do INSS chegou oficialmente ao fim na última semana. Já na segunda-feira (23), os trabalhadores não só voltaram ao trabalho, como garantiram que recuperarão o tempo perdido.
Diante deste cenário, o atual presidente do INSS voltou a dizer que será possível acabar com a fila de espera até o final deste ano. Ele disse que trabalhará para impedir que novas greves de servidores atrapalhem os planos do Instituto.
“É claro que não depende totalmente de mim, mas a gente vai lutar e utilizar o peso do Ministério do Trabalho para que a gente honre aquilo que foi acertado para o fim da greve”, disse Serrado, ao ser questionado sobre as paralisações deste ano.
“INSS não cortou salários”
Ainda durante a reunião na Comissão da Câmara dos Deputados, Serrano negou as acusações de que o INSS estaria cortando os salários de servidores que não cumprissem as metas estabelecidas pelas autarquias nos últimos meses.
Por fim, o presidente do Instituto disse ainda que “o total de indeferimentos de benefícios não aumentou nos últimos anos”. Dessa forma, ele afirma que a média de aprovações segue a mesma registrada nos anos anteriores pelo INSS.
Sobre as críticas dos servidores para a Reforma Administrativa, Serrado diz que não concorda com todos os pontos do documento, que segue sendo analisado pelo Congresso Nacional. No entanto, o presidente do Instituto não elencou quais seriam as suas divergências.