O ministro do Desenvolvimento Social Wellington Dias (PT) garantiu o pagamento do Bolsa Família antecipado para as famílias beneficiárias do programa que sofreram com as chuvas em São Paulo no fim de semana. Ao todo, no desastre que atingiu a região, foram cerca de 44 mortos e 2,5 mil pessoas desabrigadas.
Por conta da tempestade, seis cidades do litoral de São Paulo decretaram calamidade pública: Bertioga, Guarujá, Caraguatatuba, Ubatuba, Ilhabela e São Sebastião. As famílias vítimas da catástrofe terão seu benefício do Bolsa Família unificado, ou seja, o dinheiro deverá ser pago a todos no mesmo dia.
De acordo com Dias, “Para facilitar para as famílias, o pagamento de março será unificado, feito no dia 20 para todas as famílias dos municípios atingidos e com decreto de emergência e calamidade”. O ministério do Desenvolvimento enviou uma força tarefa ao município de São Sebastião, cidade mais atingida pelas chuvas.
O Governo Federal espera prestar assistência às pessoas desabrigadas e vítimas das fortes tempestades que assolaram a região. O ministro pediu ajuda ao brigadeiro Heraldo para a liberação de uma aeronave. Ela foi utilziada para levar alimentos, colchões, lençóis, fraldas e água potável para São Sebastião e região.
Auxílio à população
Os itens enviados à população vítima da tempestade foram adquiridos através de uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento (MDS) e a Central Única das Favelas (CUFA). Outros ministros do governo de Lula também falaram da tempestade que assolou a região do litoral de São Paulo.
Todavia, Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, ordenou que a Receita Federal do Brasil (RFB), escolhesse uma série de produtos apreendidos em suas fiscalizações em todo o território nacional. Eles foram doados às famílias vítimas da chuva que estão desabrigadas desde o final de semana.
O Ministério do Planejamento, por sua vez, afirmou que a população das regiões afetadas pelo temporal poderão realizar o saque calamidade do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS). Estas famílias também terão prioridade no cadastro de pessoas para receber os benefícios do Minha Casa Minha Vida.
O Governo do Estado de São Paulo determinou estado de calamidade pública nas regiões atingidas pelas tempestades do último fim de semana. Ele deve perdurar por até 180 dias. o governo afirma que irá garantir um recurso pago por mês de R$20 mil para cada grupo de 50 pessoas desalojadas em razão da tempestade.
Vítimas da chuva
A Coordenação-Geral de Proteção Social Especial de Alta Complexidade já vinha articulando com a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Social de São Paulo, algumas ações voltadas ao período de chuvas. Eles então receberam as orientações técnicas sobre o Serviço de Proteção em Situação de Calamidades Públicas e Emergências.
O litoral norte do estado de São Paulo registrou a maior concentração de chuva de sua história, e de todo o Brasil, com cerca de 682 milímetros. Todavia, é uma das maiores tragédias da região, onde apresentou-se uma grande destruição a toda a população das cidades atingidas pela tempestade.
O maior acumulado de chuva anteriormente registrado foi observado na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro em 2022. Na época, foram cerca de 530 milímetros em apenas 24 horas. Anteriormente, o maior registro de chuvas do país foi em Florianópolis, em 1990, com um índice acumulado de 400 milímetros em apenas um dia.
São Sebastião foi a cidade mais afetada pela tempestade que assolou o litoral paulista neste carnaval. Houve alagamentos, deslizamentos de encostas, e alguns bairros ficaram isolados, devido ao impedimento de vias públicas de acesso. Como falado anteriormente, até o momento o governo contabilizou 44 mortos.
Conclusão
A princípio, de acordo com o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), houve um acumulado de chuvas de 682 milímetros em Bertioga. Além disso, foram 626 milímetros em São Sebastião, 337 milímetros em Ilhabela, 335 milímetros em Ubatuba e 234 milímetros em Caraguatatuba.
Em 2020, no município do Guarujá, 34 pessoas morreram por conta de uma série de deslizamentos em razão de chuvas na região. Registrou-se no período, cerca de 121 milímetros. Em conclusão, a cidade de Itaóca, no Vale do Ribeira, também sofreu por conta de tempestades, em 2014, com 25 óbitos e dois desaparecidos.