Golpes do Pix? veja quais são mais comuns e como se proteger

Golpes do Pix? veja quais são mais comuns e como se proteger

Novo levantamento mostra que quatro em cada dez brasileiros já sofreram tentativa de golpe com o Pix

Você já sofreu alguma tentativa de golpe envolvendo a sua chave Pix? Se não, saiba que você tem sorte. Um novo levantamento realizado pela fintech de proteção financeira Silverguard mostra que 1,7 milhão de golpes financeiros envolvendo pagamentos instantâneos foram realizados no Brasil. Ao menos quatro em cada 10 brasileiros já sofreram ao menos alguma tentativa de fraude em 2022.

“A facilidade e rapidez do Pix trouxeram ganhos para o cotidiano da população, mas a falta de letramento em segurança digital gerou um aumento no número de golpes”, analisou Márcia Netto, CEO da companhia, sobre os números divulgados pela nova pesquisa.

Os golpes mais frequentes envolvendo Pix

  • Falsificação de perfis

Segundo análises de especialistas em comunicação digital, o golpe mais comum dentro do universo do Pix ocorre a partir do processo de falsificação de perfis. O criminoso entra em uma rede social, se passa por um amigo ou familiar da vítima, entra em contato e pede o envio do Pix.

Confiando que aquela pessoa é mesmo o parente ou o amigo, a vítima acaba acreditando e enviando o dinheiro para o criminoso.

  • Golpe do investimento

Outro tipo de golpe bastante comum e que costuma enganar sobretudo os mais jovens é a fraude do investimento. O criminoso cria um site ou mesmo um perfil em uma rede social prometendo o retorno do dinheiro em caso de envio do Pix.

O fraudador garante que o cidadão está fazendo um investimento de baixo risco e com alta probabilidade de retorno. Só depois de enviar o Pix é que a vítima entende que foi enganada.

“Embora exista uma percepção de que apenas os mais velhos caem em golpes, pessoas de todas as idades são vítimas de golpistas. Mas os golpes costumam ser mais cruéis com os mais velhos, já que muitos estão aposentados e não têm como reconstruir o patrimônio acumulado durante uma vida inteira”, afirma Márcia.

  • Golpe da falsa oferta

Também é comum que golpistas usem o sistema da falsa oferta para tentar enganar as pessoas. Na maioria dos casos, eles usam as redes sociais para oferecer produtos a preços mais baixos do que a média do mercado atualmente.

Acreditando que se trata de uma oportunidade imperdível, alguns usuários acabam enviando o Pix. Entretanto, eles acabam ficando sem o dinheiro e sem o produto em questão.

Como se proteger

Considerando que estas tentativas de golpes seguirão acontecendo, resta ao usuário do Pix começar a se preparar para evitar se tornar a próxima vítima. De acordo com as informações de especialistas, é impossível se tornar 100% imune aos golpes, mas alguns atos simples podem fazer a diferença neste sentido.

  • Confirme com amigos

Recebeu a mensagem de algum amigo pedindo dinheiro? A principal dica é entrar em contato com este mesmo amigo por outra rede social. Assim, ele vai poder confirmar se é ele mesmo que está fazendo o pedido, ou se é outra pessoa realizando este tipo de golpe.

  • Não compartilhe dados

Outra dica importante é não compartilhar dados pessoais na internet. Esta é uma indicação para evitar problemas não apenas com o Pix, mas com uma série de outras situações financeiras. 

O que fazer se já fui vítima

Pesquisas indicam que a grande maioria das pessoas que foram vítimas de um golpe envolvendo o Pix nem tentam reaver a quantia. Eles partem da ideia de que é impossível recuperar o dinheiro que foi perdido. De fato, as chances de recuperação não são das maiores.

De todo modo, quanto mais rápido o cidadão tomar uma providência, mais chances ele vai ter de devolução. O primeiro passo é solicitar o Mecanismo Especial de Devolução do Pix (MED) via telefone ou aplicativo móvel (do banco).

Golpes do Pix? veja quais são mais comuns e como se proteger
Apps possuem sistema dde devolução imediata do Pix. Imagem: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Algumas vítimas, sobretudo as mais idosas, preferem realizar a reclamação diretamente na agência física. Não há nada de errado com este procedimento. Entretanto, analistas afirmam que a reclamação remota é mais eficiente e aumenta as chances de recuperação.

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