Geração de energia elétrica por termelétricas é recorde em julho
A geração de energia elétrica por termelétricas em julho foi recorde para o mês desde 2002. Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e as informações são do G1.
O cenário de geração de energia elétrica desta maneira chama atenção, já que é mais cara, por utilizar combustíveis no processo e, com isso, gerar também aumento na conta de luz. Neste cenário o governo federal criou a bandeira “Escassez Hídrica” , que cobra taxa extra de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos
Para se ter uma ideia, termelétricas geraram 18.625 megawatts-médios (MWmed) em julho, sendo o maior patamar de toda história e duas vezes o total gerado em março de 2021 (9.341 MWmed).
Isso é fruto da crise hídrica, já que o governo precisa buscar outras formas de gerar energia elétrica sem o uso como matéria prima principal a água – como no caso das hidrelétricas. A falta de chuvas tem como consequência o nível mais baixo dos principais reservatórios.
Outras ações tomadas pelo governo estão em incentivo com descontos para quem reduzir a conta de energia elétrica, além de projetos para que empresas apresentam planos de redução de consumo.
Mesmo assim, especialistas no setor questionam que as ações foram tomadas de forma tardia, o que influenciou no agravamento da crise. Além disso, o discurso mais ameno para minimizar a situação também é reprovado, já que o país enfrenta um momento crítico.
Geração de energia elétrica pelas termelétricas
Acompanhe abaixo a geração de energia elétrica pelas termelétricas nos últimos meses.
Março 9.341 MWmed
Abril 11.075 MWmed
Maio 12.746 MWmed
Julho 17.481 MWmed
Julho 18.625 MWmed
Ministério não é claro sobre agravamento da crise
O G1 questionou se os números indicam que poderá haver apagão ou racionamento de energia, mas o Ministério de Minas e Energia não entrou no assunto e enviou no lugar o que realizou para amenizar a crise.
“Desde outubro de 2020, o Ministério de Minas e Energia (MME) tem adotado diversas medidas para mitigar o impacto no setor elétrico do pior cenário de escassez hídrica da história do país. Entre as ações mais recentes, destacam-se o decreto que estabelece a redução do consumo de energia elétrica na administração pública federal e os programas para redução voluntária da demanda por grandes e pequenos consumidores”, aponta a nota.
E continuou: “A Câmara de Regras Excepcionais para a Gestão Hidroenergética (CREG) editou duas resoluções para enfrentamento do cenário de aumento nos custos de geração decorrente da escassez hídrica: a criação de novo patamar de bandeira tarifária e o lançamento do Programa de Incentivo à Redução Voluntária do Consumo de Energia Elétrica”.