Conforme informações oficiais do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031, a demanda termelétrica média por gás natural (considerando as probabilidades de despacho ao longo do ano) é cerca de 20% da demanda máxima, concentrando-se nos meses de menor afluência.
É indicada a necessidade de UTEs que venham a prestar serviço de ponta ao longo do período, operando em momentos de maior demanda para assegurar a confiabilidade do sistema, analisa o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031.
No horizonte decenal deverão ser desenvolvidos novos projetos de Usinas Termelétricas, considerando, inclusive, novos modelos de negócio, contribuindo com robustez para segurança eletro-energética do sistema elétrico brasileiro.
A demanda total por gás natural na malha integrada inclui as parcelas indicadas anteriormente, descontadas dos volumes que se encontram em sistemas isolados e, portanto, são atendidos por fontes de oferta específicas naqueles sistemas.
A demanda total tem aumento de 5% ao ano no decênio, com ressalva para o período entre 2023 e 2025 onde ocorre uma queda devido à postergação da necessidade de novas UTEs devido à crise causada pela pandemia da Covid 19, doença causada pelo novo coronavírus.
De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031, a demanda média ao longo do ano é cerca de 65% da demanda máxima, alternando-se entre situações de demanda máxima (com despacho total das UTEs) e demanda “mínima” (despacho de UTEs igual à inflexibilidade contratual).
O setor de gás natural brasileiro deve estar preparado para atender à demanda máxima, provendo flexibilidade que permita atender às variações anuais em torno da demanda média.
A produção líquida estimada pela EPE passa por algumas etapas até se tornar a oferta potencial que chegará ao mercado, de acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031.
Primeiramente, alguns volumes são enviados para outros campos produtores para serem utilizados na própria etapa de E&P; estes volumes não estão disponíveis para UPGNs. Em seguida, o gás natural é escoado até UPGNs e processado para especificação, havendo também nesta etapa a produção de líquidos de gás natural como GLP e C5+ (gasolina natural).
Parte dos volumes de gás natural especificado estão disponíveis em regiões ainda não conectadas à malha integrada de gasodutos de transporte (ex: AM e MA), constituindo sistemas isolados e atendendo a conjuntos específicos de consumidores.
Os volumes restantes são disponibilizados à malha integrada, devendo ser somados à importação para atendimento ao mercado. Com a separação de maiores teores de CO2 e líquidos, ocorre leve redução da oferta ao mercado até 2023, embora a produção bruta tenha leve aumento, explica o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031.