O gás de cozinha é uma das principais despesas das famílias brasileiras. Muitas pessoas sofrem para conseguir comprar o botijão de 13 quilos, que já chegou a custar 10% do salário mínimo em algumas regiões do país em 2022.
Em suma, o item costuma afetar de maneira significativa a renda de milhões de brasileiros. Os que mais sofrem são aqueles de renda mais baixa, que estão em situação de vulnerabilidade social e econômica.
No entanto, em 2023, a situação está mais positiva para as famílias do país. Em primeiro lugar, por causa do Auxílio Gás, que é o principal benefício pago no país para ajudar financeiramente os mais pobres. Em todo o ano, as parcelas superaram o valor médio nacional do botijão de gás, ou seja, permitiram que os usuários adquirissem o item sem ter que completar o valor.
Já o segundo ponto se refere ao preço do gás de cozinha. Isso porque, em 2023, o valor do botijão está bem menor que o observado no final do ano passado. Os valores caíram significativamente nos últimos meses, ajudando milhões de pessoas no país.
Por que o gás de cozinha está mais barato em 2023?
Os preços do gás de cozinha caíram no país devido a dois fatores. O primeiro deles se refere ao Governo Federal, que publicou uma Medida Provisória (MP) logo no início deste ano, mantendo zeradas as alíquotas do PIS/Cofins (impostos) sobre diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo (GLP), o famoso gás de cozinha. A decisão seguirá em vigor no país até 31 de dezembro.
Já o segundo motivo se refere à Petrobras. No dia 17 de maio, a empresa promoveu uma redução histórica no preço do gás de cozinha. Em resumo, a companhia reduziu em 21,3% o valor do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o famoso gás de cozinha. Essa redução correspondeu a R$ 8,97 por botijão de 13 quilos.
Esse reajuste se referiu às distribuidoras do país, com as quais a Petrobras tem contratos de comercialização do GLP. Por isso, a redução não deveria ser sentida pelos consumidores, pelo menos não em sua totalidade. Isso porque há outras variáveis que encarecem o preço de revenda do botijão de 13 quilos, como frete, mão de obra e margem de lucro.
Além disso, a Petrobras reduziu novamente o valor do gás de cozinha no dia 1º de julho, dessa vez em 3,9%. Isso animou ainda mais os consumidores do país, que estão conseguindo encontrar o botijão de gás a preços bastante acessíveis.
Preço médio do gás de cozinha está 6,4% menor
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio nacional do gás de cozinha caiu 6,4% nos dez primeiros meses de 2023. Essa queda correspondeu a R$ 6,91, entre a última semana de 2023 e a semana de 22 a 28 de outubro deste ano.
Aliás, na semana passada, o valor médio nacional do botijão de 13 quilos ficou em R$ 101,73, bem abaixo do preço observado no final de 2022 (R$ 108,64).
A expectativa era que o preço médio do gás de cozinha caísse para abaixo de R$ 100 no país após os reajustes da Petrobras. No entanto, a maioria das unidades federativas (UFs) tiveram valores acima dessa marca. De todo modo, vale destacar que o preço médio nacional segue próximo de R$ 100.
Confira abaixo as dez UFs com os preços preços médios do gás de cozinha na semana passada:
- Pernambuco: R$ 88,47;
- Rio de Janeiro: R$ 93,64;
- Distrito Federal: R$ 94,15;
- Alagoas: R$ 92,70;
- Espírito Santo: R$ 95,62;
- Piauí: R$ 97,66;
- Paraná: R$ 99,28;
- Sergipe: R$ 99,48;
- Ceará: R$ 99,82.
Cabe salientar que Pernambuco liderou o ranking nacional pela 23ª semana consecutiva, apresentando o menor valor do país. Aliás, o valor de revenda do gás de cozinha no estado nordestino ficou 13% menor que a média nacional.
Antes de Pernambuco assumir a liderança nacional, o Rio de Janeiro comercializou o botijão de 13 quilos mais barato do país durante as 20 primeiras semanas de 2023.
Capitais com os valores mais acessíveis do país
Ao considerar apenas a capital das UFs, o resultado foi um pouco melhor. Em suma, o valor do item foi menor que R$ 100 em 11 locais. Veja as capitais com os menores valores do país:
- Recife (PE): R$ 83,15;
- Curitiba (PR): R$ 92,94;
- Brasília (DF): R$ 94,15;
- Maceió (AL): R$ 94,48;
- Rio de Janeiro (RJ): R$ 94,68;
- São Luís (MA): R$ 94,82;
- Teresina (PI): R$ 96,90;
- Natal (RN): R$ 97,23;
- Vitória (ES): R$ 98,32;
- Fortaleza (CE): R$ 98,35;
- Aracaju (SE): R$ 98,79.