Thomas Hobbes viveu entre os anos de 1588 e 1679 e foi um importante filósofo inglês que elaborou teorias sobre a natureza da sociedade humana.
Os principais aspectos do pensamento de Hobbes são abordados com frequência pelas principais provas do país, com um destaque para os vestibulares e o ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.
Dessa forma, para que você consiga se preparar da melhor forma possível para as suas provas, o artigo de hoje separou um resumo completo sobre o pensamento de Thomas Hobbes. Confira!
Quem foi Thomas Hobbes?
Thomas Hobbes nasceu no ano de 1588, na Inglaterra, e se consolidou como um dos principais nomes da filosofia moderna em várias áreas, como a matemática, a filosofia e a política.
Em uma época muito conturbada politicamente, Hobbes buscou desenvolver teorias sobre a natureza do ser humano e o seu comportamento em sociedade.
Contexto Histórico de Thomas Hobbes
Podemos afirmar que a filosofia de Thomas Hobbes foi muito influenciada pelo contexto histórico em que o pensador vivia. Na Idade Moderna, caracterizada pelo predomínio do Absolutismo e do Antigo Regime, os Estados nacionais eram governados por fortes monarquias centralizadoras, em contraposição ao feudalismo da Idade Média.
Esse contexto histórico contribuiu para a criação de uma das principais ideias de Hobbes, a qual estava relacionada com a necessidade de de um governo forte e centralizado para estabelecer a ordem entre os indivíduos de uma sociedade. Segundo o pensador, muitos dos conflitos do período medieval poderiam, por exemplo, ter sido evitados caso um Estado forte como aquele moderno existisse na época.
Principais características do pensamento de Thomas Hobbes
Hobbes escreveu diversos tratados teóricos ao longo dos seus anos de estudos na Europa. Porém, dentre as suas obras mais conhecidas e relevantes, podemos destacar: O Leviatã, escrita em1651, Os Elementos da Lei, escrita em 1650 e Do Cidadão, escrita em 1651. Nos três livros, Hobbes discorre sobre um tema muito importante para o seu pensamento: a centralização do poder absolutista.
Um dos temas mais discutidos pelos intelectuais da Idade Moderna era a natureza do ser humano. Ao abordar o tópico, Thomas Hobbes desenvolveu o argumento de que que o homem era naturalmente mal e que não estaria capacitado para viver em sociedade de forma harmônica naturalmente, uma vez que todas as suas ações eram egoístas e visavam a obtenção de benefícios pessoais, com o comprometimento do bem-estar social.
Diante dessa conclusão, o pensador passou a afirmar que somente a partir da existência de um Estado centralizador, forte e absolutista o ser humano poderia conviver em sociedade de forma harmoniosa com outras pessoas.
Em uma de suas frases célebres, Hobbes afirma que ”o homem é o lobo do homem”. Com isso, o pensador quer dizer que os próprios indivíduos impedem ameaçam a existência um dos outros, criando um estado de guerra constante, uma vez que todos os seres humanos são maus em seu estado natural.
O contratualismo de Thomas Hobbes
Também devemos nos lembrar de que Thomas Hobbes fez parte dos chamados “filósofos contratualistas”, ao lado de John Locke e Jean-Jacques Rousseau.
Os pensadores contratualistas foram denominados dessa maneira pois defendiam que o indivíduo e o Estado deveriam criar uma espécie de contrato para garantir a sobrevivência e o convívio harmonioso em sociedade.
A partir das suas conclusões sobre o estado naturalmente mau do homen, Hobbes afirmou que a única forma de conseguir atingir um estado harmonioso seria por meio da criação de um contrato social, por meio do qual os seres humanos abririam mão de parte de sua liberdade, entregando-a ao Estado. Dessa forma, o grande monarca centralizador (o Leviatã, na teoria de Hobbes) controlaria todas as pessoas e garantiria a existência coletiva, em contraposição ao estado primitivo, chamado de “guerra de todos contra todos”, no qual o homem segue a sua natureza.