O Ministério da Economia distribuiu em 2019 entre os trabalhadores brasileiros com contas vinculadas ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 100% do lucro obtido no ano anterior, 2018. Da mesma forma ocorreu em 2020, no entanto, a distribuição correspondeu apenas 66% do lucro adquirido.
Agora, para a distribuição de 2021, foi dado um prazo para o Conselho do FGTS – criado por empresários, trabalhadores e o próprio governo – de até o dia 31 de agosto de 2021 para decidir qual será a porcentagem da distribuição.
Caso ocorra como em 2019, os trabalhadores registrados no sistema CLT receberão parte dos R$ 8,23 bilhões, que serão depositadas diretamente na conta do Fundo de Garantia de cada um.
“Quando o resultado total do lucro não vai para a conta do trabalhador, passa a ser patrimônio líquido do Fundo de Garantia, mas numa época de alto índice de desemprego e com previsões nada otimistas de recuperação da economia, é sempre bom o trabalhador poder contar um recurso extra em sua conta do FGTS”, disse Clóvis Scherer, economista do Dieese.
Além disso, o economista argumenta que os juros de empréstimos, com exceção das despesas, são recursos que também podem ser passados aos trabalhadores.
A medida de distribuição do lucro do FGTS teve início em 2017, quando foi repassado os rendimentos de 2016. No momento, o FGTS, que sempre teve baixo rendimento, atingiu 5,11% mais 1,93% da distribuição. Já em 2018, foram repassados 50% dos lucros referente ao ano anterior, que na ocasião atingiu R$ 6,23 bilhões.
Golpe do FGTS prejudica mais de 10 mil trabalhadores
Desde que o calendário de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi liberado, mais de 10 mil trabalhadores foram vítimas de golpes no país. Os dados foram divulgados esta semana em relatório do dfndr lab, laboratório de segurança digital da PSafe.
Os golpes ocorrem através de links e aplicativos maliciosos que encaminham o cidadão a se cadastrarem e informarem seus dados pessoais para extrair dinheiro dos mesmos. Os criminosos prometem o pagamento de 3,9 mil pelo programa.
Como o golpe acontece
Os operantes do golpe fazem uma série de preparações para garantir mais uma vítima. Eles criam imagens falsas de supostos valores e datas de saque, incluem ainda depoimentos e comentários de pessoas que teriam recebido o dinheiro através do sistema. Além disso, eles pedem que o link seja compartilhado.
O dfndr lab esclarece que a execução do crime é semelhante a utilizada em outros ataques cibernéticos, com um relacionado ao auxílio emergencial. O que difere o golpe do FGTS, são os links que encaminham as vítimas, que acabam recebendo várias notificações duvidosas.
“Quando a vítima concede permissão para o envio das notificações, os criminosos podem utilizar dessa permissão para enviar propagandas, com as quais lucram, e até mesmo enviar novos golpes. “, explica Emilio Simoni, diretor do dfndr lab.