Os acordos do último Feirão Limpa Nome do Serasa em novembro deste ano já ultrapassaram os números do mesmo período do ano de 2021. Na época, então, foi um total de um milhão de acordos.
A edição presencial do evento se iniciou no decorrer da última terça-feira, 29 de novembro, nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Dessa forma, a edição tem previsão para acontecer até o próximo sábado, 03 de dezembro.
No entanto, as negociações que aconteceram via internet já se iniciaram no início do mês de novembro.
Na cidade de São Paulo, a tenda do evento está no largo da Batata, zona oeste, com atendimento das 08h às 19h. No entanto, apenas na sexta-feira, dia 02 de dezembro, haverá horário de funcionamento distinto, em razão do jogo da seleção brasileira.
A Caixa Econômica Federal participa pela primeira vez do feirão. Assim, a instituição já informou que irá prestar atendimento até sexta-feira às 15h.
Outra novidade na edição deste ano é a participação da Enel, distribuidora de energia elétrica. Portanto, sua participação, pela primeira vez, irá possibilitar renegociação de dívidas de contas de luz.
Feira Limpa Nome conta com milhões de acordos
Ao todo, já são cerca de 4,2 milhões de acordos mediados por meio do Serasa. De acordo com dados da própria entidade, contudo, em todo o ano de 2021 foram 3 milhões de acordos.
Em 2022, 3,8 milhões de consumidores já negociaram seus débitos e tiveram acesso a R$ 10,96 bilhões de desconto em suas pendências.
O evento conta com a participação de empresas que se apresentam dispostas para negociar débitos entre elas e os consumidores. Desse modo, acontece todos os anos durante o mês de novembro e início de dezembro.
Ademais, organização do Feirão Limpa Nome informou que os credores podem renegociar as dívidas de maneira virtual até a próxima segunda-feira, 05 de dezembro. Porém, é importante lembrar que Caixa e Enel não irão participar das negociações online.
Segundo a Serasa, o desconto médio das empresas é de 70%. Já outras instituições, como Itaú e Avon chegaram a conceder um desconto de 99%.
De acordo com os últimos dados deste ano, o número total de cidadãos brasileiros que se encontra em situação de inadimplência voltou a apresentar crescimento durante 2022. Assim, no mês de setembro chegou a 68,39 milhões de pessoas. O valor médio dos débitos é de cerca de R$ 4.324,42.
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Apesar das chuvas na cidade de São Paulo, o largo da Batata apresentou um grande número de pessoas.
Feirão Limpa Nome termina na quinta-feira
A unidade do Procon Rondônia iniciou durante a última terça-feira, 29 de novembro, a 2ª edição do Feirão Limpa Nome.
Assim, consumidores da região tiveram a oportunidade de negociar contas que se encontravam em atraso através de ofertas e descontos especiais.
De acordo com o Procon, mais de 270 empresas participaram da ação realizada.
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Então, o evento tem previsão para se encerrar nesta quinta-feira, 01 de dezembro. Segundo a organização, é possível renegociar dívidas de água, energia elétrica, telefonia, bancos e comércios em geral, por exemplo.
38% dos cidadãos de Ribeirão Preto (SP) usarão 13º salário para pagar dívidas
Um levantamento da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) indicou que cerca de 38% dos moradores da cidade no estado de São Paulo irão utilizar o 13º salário para o pagamento de dívidas.
Nesse sentido, o prazo para o pagamento da primeira parcela do 13º, que corresponde à metade do valor extra, se extinguiu durante a última quarta-feira, 30 de novembro. Assim, as empresas possuem até o próximo dia 20 de dezembro para efetuarem o pagamento da segunda parcela.
Ademais, segundo uma pesquisa do Serasa, a cidade apresenta cerca de 280,6 mil pessoas em situação de inadimplência. O balanço da Acirp apresenta a seguinte classificação:
- 38% vão pagar seus débitos;
- 33% vão optar por bens de consumo;
- 17% vão gastar com serviços;
- 12% vão guardar o dinheiro.
Desse modo, é possível perceber como o Feirão Limpa Nome pode ser interessante para estes trabalhadores. Com o recebimento do 13º e, ainda, com os descontos da feira, estes cidadãos poderão fazer um bom negócio.
Níveis de inadimplência chega a 68,4 milhões de brasileiros
Segundo um levantamento do Serasa Experian, o número de cidadãos que possuem dívidas em atraso no Brasil voltou a crescer pelo nono mês consecutivo. Assim, chegou à marca de 68,4 milhões de cidadãos brasileiros em setembro deste ano.
Por esse motivo, o valor indica um crescimento de 420 mil pessoas em comparação com o número do mês anterior.
Ademais, a pesquisa relata que o alto índice de desemprego no país segue surgindo como o principal motivo para o endividamento da população neste ano de 2022.
De todos os que participaram da pesquisa, 29% relataram que o desemprego foi o fator principal para que o atraso no pagamento das contas ocorresse. Em 2021, esse número era de 30%.
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Nesse sentido, é interessante identificar os grupos sociais que mais se encontram nesta situação. De acordo com a pesquisa, os principais atingidos pelo desemprego no grupo de inadimplentes são:
- Jovens com até 30 anos de idade, sendo 33% do total.
- Mulheres, sendo 31%.
Quais são as principais pendências?
Segundo o levantamento, o cartão de crédito continua sendo o principal vilão dos cidadãos do Brasil.
“Em linha com o ano anterior, as dívidas de cartão de crédito impactam 53% dos brasileiros endividados”, frisa o estudo.
Dentro dos débitos com o cartão, a grande maioria delas, 65%, é feita em supermercados, para a compra de alimentos. Em sequência, 48% das pessoas relatam dívidas com compra de produtos como roupas, calçados e eletrodomésticos, e outros 41% possuem pendências relacionadas com remédios ou tratamentos médicos.
Uma outra razão para o endividamento no cartão são as compras de alimentos via delivery e os gastos com transportes e combustíveis, ambos citados por 22% dos entrevistados.
No entanto, o estudo mostra que as contas básicas, como água, gás e luz, tiveram uma diminuição expressiva entre as principais dívidas no mês de setembro, em comparação ao mesmo período do ano de 2021.
Durante este ano, as contas básicas representam 19% das dívidas, enquanto em setembro de 2021 esse número chegava a 32%.