Um estudo realizado na Universidade de Harvard acompanhou quase 90 mil mulheres nos Estados Unidos da América, demonstrando que existe uma ligação entre religiosidade e tratamentos de diversas doenças.
Fé na ciência: a relação entre a espiritualidade e a saúde mental
Segundo destaca a ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), o tratamento de doenças mentais e sua relação com a espiritualidade e/ou religiosidade é um tema bastante amplo. Esse tema foi bastante importante dentro da observação de pacientes que estiveram em tratamento durante a pandemia causada pelo novo coronavírus.
A espiritualidade e a cura de doenças
Os diversos trabalhos científicos ao longo dos últimos anos abordaram a espiritualidade e a religiosidade como parte importante de tratamentos psicológicos, já que a abordagem e a integração desses assuntos impacta diretamente o tratamento de diversas doenças mentais, sendo relevante para o profissional da área complementar a sua avaliação diagnóstica. É o que diz um dos estudos publicados sobre esse assunto em 2016 pela Associação Mundial de Psiquiatria (WPA), na revista World Psychiatry.
Comportamentos autossabotadores
De acordo com a Comissão de Estudos e Pesquisa em Espiritualidade e Saúde Mental da ABP, a espiritualidade tem um impacto na saúde das pessoas, já que através de suas crenças é possível melhorar quadros depressivos e minimizar comportamentos negativos, evitando abuso de substâncias ilícitas. Sendo assim, a religião e a espiritualidade impactam a qualidade de vida das pessoas.
Uma forma positiva de lidar com emoções negativas
Diversos estudos anteriores analisaram a relação entre depressão e espiritualidade, inclusive um estudo relativamente recente, realizado em 2019, ressalta o papel da espiritualidade no momento de adversidade, observando como as pessoas buscam suas crenças, quando precisam lidar com suas emoções negativas.
Um dos objetivos do estudo realizado na Universidade de Harvard, foi demonstrar o quanto a religiosidade pode ser importante para a saúde mental das pessoas e, por conseguinte, o quanto é importante integrá-la na parte clínica do tratamento.
O equilíbrio entre o tratamento clínico e a crença do paciente
Sendo assim, em nenhum momento o estudo minimiza a necessidade de tratamento clínico, ao passo que apenas relaciona o quanto uma pessoa que possui algum tipo de crença espiritual e/ou religiosa, pode lidar melhor com seus sentimentos negativos, impactando positivamente o tratamento de diversas doenças mentais, como ansiedade e depressão.
Entretanto, é importante ressaltar que esses estudos não são relacionados somente a doenças mentais, já que a parte física e motora de muitos pacientes que possuem algum tipo de crença religiosa e/ou espiritual, também é impactada pelo pensamento positivo, relacionado a fé, já que diversas pessoas apresentam melhora significativa quando possuem algum tipo de crença, otimizando e melhorando a sua capacidade de recuperação mental e física.