Famílias de baixa renda são as mais afetadas pela inflação. Entenda!

Para muitas famílias em todo o mundo, o aumento da inflação representa um desafio significativo. Preços mais altos podem corroer o valor dos salários reais e da poupança, deixando as famílias mais pobres.

Contudo, esses efeitos não são sentidos igualmente. As famílias com renda entre um e cinco salários mínimos mensais tendem a ser mais vulneráveis ??à alta inflação do que as famílias que ganham mais de 10 salários mínimos.

Composição de renda e inflação

As famílias de baixa renda tendem a depender mais da renda salarial e de outros pagamentos do que as famílias ricas. Isso ocorre porque a inflação normalmente supera o crescimento dos salários, e a renda do investimento pode ser mais propensa a acompanhar a inflação.

Assim, a inflação reduz a renda das famílias mais pobres em relação às famílias mais ricas. Além disso, as famílias mais pobres muitas vezes não têm acesso a produtos financeiros que as protegem da inflação, uma vez que esses produtos podem ter custos iniciais ou contínuos, tornando-os inacessíveis.

Inflação: Dados do INPC

Segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação, as famílias com renda entre um e cinco salários mínimos mensais, alcançaram 0,46% em janeiro, após alta de 0,69% em dezembro.

O INPC acumulado em 12 meses foi de 5,71%, apresentando taxas mais baixas do que as observadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial e que registrou taxas de 0,53% em janeiro e de 5,77% em 12 meses.

Importante destacar que, em janeiro, os produtos alimentícios pesquisados pelo INPC tiveram inflação de 0,52%, variação menos intensa do que em dezembro (0,74%). Além disso, o mesmo aconteceu com os produtos não alimentícios, cuja inflação passou de 0,67% em dezembro para 0,44% em janeiro.

Por fim, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Vestuário (-0,27%) teve variação negativa em janeiro. O maior impacto no índice do mês veio de Alimentação e bebidas (0,59%), que contribuiu com 0,13 p.p. Na sequência, veio o grupo Transportes, com impacto de 0,11 p.p. e alta de 0,55%.

Cestas de consumo

As famílias mais pobres provavelmente experimentarão taxas de inflação mais altas do que as famílias mais ricas. A medida da inflação dos preços ao consumidor é calculada usando uma cesta de bens que representa o consumidor médio.

Contudo, a repartição real dos gastos varia conforme o grupo de renda. Por exemplo, as famílias com os rendimentos mais baixos gastam uma grande proporção dos seus rendimentos em alimentos. No entanto, para as famílias com rendimentos mais elevados, o valor é muito inferior.

Deve-se enfatizar que os recentes aumentos nos preços de alimentos e energia podem afetar desproporcionalmente as famílias mais pobres. Em uma economia performando mal, as famílias de alta renda podem facilmente mudar de produtos de alta qualidade para produtos de média/baixa qualidade.

Eles podem desfrutar de mais descontos em compras e vendas em massa. Em suma, as famílias pobres muitas vezes não têm essas opções, fazendo com que a inflação tenha maior impacto.

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