Nos últimos anos, a discussão em torno da inclusão de pessoas com mais de 50 anos no mercado de trabalho tem ganhado destaque. Uma pesquisa realizada pela Ernst & Young em parceria com a agência Maturi em 2022 trouxe informações relevantes sobre o perfil do mercado de trabalho para essa faixa etária no Brasil. Dessa forma, destacando os desafios enfrentados pelas pessoas com mais de 50 anos na busca por emprego.
Etarismo traz desafios que impactam o mercado de trabalho para pessoas com mais de 50 anos no Brasil
De modo geral, o mercado de trabalho brasileiro tem passado por transformações significativas, com uma busca crescente por diversidade e inclusão. No entanto, a pesquisa revela que a presença de pessoas com mais de 50 anos nas empresas ainda é relativamente baixa, com apenas 6% a 10% desses profissionais em seus quadros funcionais.
A realidade etarista: barreiras para a contratação de trabalhadores com mais de 50 anos
O estudo revelou que a maioria das empresas pesquisadas, cerca de 78%, se considera etarista, ou seja, apresentam preconceitos e barreiras para a contratação de trabalhadores com mais de 50 anos.
Dessa forma, essa atitude reflete a percepção equivocada de que esses profissionais são menos produtivos ou menos adaptáveis às mudanças tecnológicas.
Mitos e verdades sobre os trabalhadores com mais de 50 anos
É importante desconstruir alguns mitos em torno dos profissionais mais experientes. Haja vista, contrariando a visão estereotipada, diversas pesquisas mostram que trabalhadores com mais de 50 anos possuem habilidades valiosas, como expertise técnica, capacidade de resolver problemas complexos e uma visão estratégica do negócio. Essas qualidades podem trazer vantagens competitivas para as empresas que souberem valorizar a diversidade geracional.
Oportunidades para empresas e profissionais
Apesar dos desafios, a pesquisa também destaca oportunidades significativas para empresas que buscam diversificar seu quadro funcional. Uma vez que a contratação de profissionais com mais de 50 anos pode trazer uma nova perspectiva às equipes, promover a troca de conhecimentos entre gerações e contribuir para uma cultura organizacional mais inclusiva.
Além disso, esses profissionais geralmente possuem uma rede de contatos sólida e um alto grau de comprometimento e estabilidade no trabalho.
Capacidade de adaptação
Contrariando o estereótipo de que profissionais mais velhos têm dificuldade em se adaptar às mudanças tecnológicas, muitos deles demonstram uma grande capacidade de aprendizado e flexibilidade diante das novas tecnologias. Já que com experiência e bagagem profissional, eles podem se adaptar rapidamente a novos sistemas e processos.
Mentoria intergeracional
De forma geral, a presença de profissionais mais experientes no ambiente de trabalho cria oportunidades para programas de mentoria intergeracional. Já que essa troca de conhecimentos e experiências pode ser extremamente valiosa para o desenvolvimento dos colaboradores mais jovens, além de promover uma cultura de aprendizado contínuo dentro da organização.
Iniciativas de inclusão e políticas públicas
Para promover a inclusão de pessoas com mais de 50 anos no mercado de trabalho, é fundamental o envolvimento de diversos atores, como empresas, governos e sociedade civil.
Em suma, políticas públicas que incentivem a empregabilidade dessa faixa etária. Bem como, ações de conscientização e programas de capacitação são algumas das medidas que podem contribuir para a mudança desse cenário.
Diversidade e crescimento
A pesquisa da Ernst & Young e da agência Maturi revela que ainda há um longo caminho a percorrer para a plena inclusão de pessoas com mais de 50 anos no mercado de trabalho brasileiro.
No entanto, é essencial que as empresas reconheçam o potencial e as habilidades desses profissionais, superando os preconceitos etaristas e valorizando a diversidade geracional.
Portanto, ao aceitar essa diversidade, as empresas podem se beneficiar de uma força de trabalho mais resiliente, inovadora e adaptável às demandas do mundo contemporâneo. Certamente, a barreira do etarismo prejudica as empresas e os profissionais, num país em que a tendência é que se viva cada vez mais.