Movimentações como o PIX e transferências feitas pelo celular vem surgindo a cada dia mais no cotidiano dos brasileiros. Isso demonstra que a utilização das tecnologias bancárias das instituições financeiras estão se tornando frequente no dia a dia de cada cidadão.
Nesse sentido, a pandemia de Covid-19 e suas consequentes medidas de isolamento e distanciamento social foram a origem para a necessidade de uma maior vida digital. Assim, com seu início em março de 2020, o uso do celular como ferramenta de pagamento de contas, por exemplo, é essencial no contexto de pandemia.
Dessa forma, durante o ano de 2020, pela primeira vez, as transações do ambiente virtual representaram mais da metade (51%) do total de operações em todo o país. Foi o que a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária de 2021 indicou.
Pesquisa demonstra a importância dos mecanismos digitais
O estudo que teve publicação na última quinta-feira, dia 24 de junho. Assim, se divulgou durante o Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras (CIAB) que a Federação Brasileiras de Bancos (Febraban) organiza.
Dessa modo, constatou-se que número de operações efetuadas pelo aparelho celular chegou a 52,9 bilhões. Portanto, teve um crescimento expressivo quando em comparação aos 37 bilhões realizados durante o ano de 2019.
Ademais, ao somar todos os canais bancários, o número final de operações que os correntistas realizaram alcançou cerca de 103,5 bilhões. Aqui, incluem-se as maquininhas de cartão de crédito, celular, internet, agências físicas e caixas eletrônicos, por exemplo. Então, obteve-se um crescimento em torno dos 20%. Isto é, o maior que já se encontrou nos últimos anos, segundo levantamento da Deloitte.
Ao todo, os canais digitais representam 67% de todas as transações (68,7 bilhões). Ademais, se utilizam para 8 em cada 10 pagamento de contas e por 9 em cada 10 contratações de crédito pessoal. Além disso, entre todos os 21 bancos que participaram do estudo, 8 responderam que foram houve a abertura de 7,6 milhões de novas contas pelos canais digitais. Portanto, representando um crescimento de 90% ao comprar ao índice de 2019.
A pandemia manteve o investimento
A pesquisa também demonstrou que, durante o cenário de pandemia, as instituições bancárias continuaram investindo no aprimoramento de sua tecnologia bancária. De forma que totalizou em um investimento de R$ 25,7 bilhões em 2020, alcançando um aumento de 8% dos gastos em relação ao ano de 2018.
Ademais, a pesquisa também constatou que aproximadamente 10% de todo orçamento de Tecnologia da Informática se direciona à cibersegurança. Isto é, com a finalidade de garantir que todos os procedimentos do ambiente virtual se realizem com total segurança por seus clientes.
“Os resultados de nossa pesquisa, mais uma vez, mostram um investimento maciço da indústria bancária em tecnologia, usabilidade e oferta de novos serviços, em um ano extremamente desafiador, no meio da maior crise de saúde e com graves consequências econômicas no mundo inteiro. Continuamos com uma tecnologia bancária de ponta, inovadora, moderna, segura e acessível, o que permitiu que nossos clientes ficassem em casa e sequer precisassem ir aos bancos para pagar suas contas, conferir suas finanças, e tocar seus negócios”, avalia o presidente da Febraban, Isaac Sidney.
Estudo demonstra a relação com as movimentações do Auxílio Emergencial
O estudo também demonstrou que os serviços acerca da movimentação financeira pelo celular registraram um aumento de cerca de 64% no ano de 2020. Nesse sentido, vê-se o aumento em razão do contexto de necessidade de isolamento e distanciamento social que a pandemia de Covid-19 impôs. Assim, basicamente todas as operações digitais tiveram um expressivo aumento durante o ano passado.
Segundo o estudo, o número total de contas abertas no mobile banking aumentou mais que o dobro. Em números reais, isso significou uma mudança de 92,4 milhões para 198,2 milhões. Ademais, deste número, aproximadamente 70 milhões de contas tiveram abertura em razão do pagamento das rodadas do Auxílio Emergencial.
No entanto, o levantamento indica que, mesmo sem levar em consideração os efeitos do Auxílio Emergencial, o crescimento seria de 39%. Em conjunto, os clientes de classificação como “heavy users” registraram também um crescimento de 113%. Nesse sentido, passaram de 35,7 milhões e chegaram à casa de 76,3 milhões durante o ano passado. Tais usuários são aqueles que realizam mais de 80% de suas transações utilizando os serviços digitais.
Especialista relata o impacto do benefício nas movimentações digitais
“Com a popularização dos serviços financeiros pelos canais digitais, continuamos avançando no terreno importante da inclusão financeira no Brasil, especialmente com o mobile banking, que permite carregar o banco em seu bolso e acessar em qualquer hora ou local, serviços antes restritos a agências bancárias. Praticamente, todas as operações bancárias podem ser feitas de forma eletrônica”, afirma Rodrigo Mulinari, diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da Febraban.
Ademais, ao decorrer do CIAB, o diretor ainda comentou sobre a adesão de novos usuários nas utilização dos serviços bancários digitais. “A pandemia trouxe um número muito grande de clientes que tiveram o primeiro contato com os canais digitais, e essas pessoas permanecerão nos canais digitais, lembrando que ele sempre terá a escolha dos demais canais e a escolha é sempre do cliente”.
Também houve a inclusão do PIX para movimentação do benefício
Em relação à 2021, o estudo comentou sobre um tema que ganha mais relevância a cada dia em nosso país. Isto é, o PIX, sistema de pagamento instantâneo que entrou em vigor no dia 16 de novembro de 2020.
Assim, acerca do tema, a pesquisa mostra que a nova ferramenta aumentou de maneira significativa sua participação entre as principais transações bancárias. Assim, ultrapassou métodos clássicos de transferência bancária, como DOC e TED.
Somente durante o seu primeiro mês de utilização, em novembro de 2020, entre 21 instituições da pesquisa, a utilização do serviço já chegava ao número de 59,2 milhões. Em seguida, após quatro meses, em março de 2021, o número de operações por meio do serviço já sofria um aumento de 471%, chegando a 338,2 milhões.
Enquanto isso, o número de transferências com a utilização dos demais serviços diminuía. Portanto, saiu de 229,4 milhões chegando a 218,5 milhões durante o mesmo período.
Como utilizar o PIX para movimentar o Auxílio Emergencial
A fim de fazer a transferência bancária por meio de PIX, o beneficiário do Auxílio Emergencial deverá:
- Entrar no aplicativo Caixa Tem e selecionar a opção “Pix” na tela principal.
- Clicar em “Pagar”.
- Escolher a opção “Chave Pix”.
- Selecionar o tipo, ou seja, pode ser telefone, CPF/CNPJ, e-mail ou chave aleatória.
- Inserir a chave e o valor da transferência.
- Conferir os dados da transação e inserir sua senha.
Ademais, é importante lembrar que só é possível realizar a transferência por PIX do benefício para outra conta. Isto é, não é possível transferir para o próprio beneficiário. Além disso, é necessário cumprir um calendário específico que libera as transferências.