Estudantes de 74% das escolas municipais do Rio de Janeiro vivenciaram tiroteio em 2019 - Notícias Concursos

Estudantes de 74% das escolas municipais do Rio de Janeiro vivenciaram tiroteio em 2019

Em 2019, alunos de 74% das escolas da rede municipal do Rio vivenciaram pelo menos um tiroteio ao entorno da unidade escolar. O dado é da pesquisa intitulada “Tiros no Futuro: impactos da guerra às drogas na rede municipal de educação do Rio de Janeiro”.

O Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) da Universidade Cândido Mendes lançou nesta segunda-feira, dia 7 de fevereiro, a pesquisa inédita. 

Os dados da pesquisa revelam ainda que, entre as escolas municipais do Rio de Janeiro, cinco unidades concentram 20 ou mais operações policiais no período. Os dados indicam ainda que as escolas mais expostas à violência têm o corpo discente formado majoritariamente por alunos negros (77%).

Além de analisar a relação entre confrontos da polícia com grupos que controlam venda de drogas em áreas pobres da cidade, a pesquisa avaliou também o impacto dessa política na renda futura do estudante.

O projeto apresentou ainda uma análise sobre os efeitos da guerra às drogas nos desempenhos escolares dos alunos do 5º ano do ensino fundamental da rede pública da capital do estado. 

Pesquisa usou dados da SME e da plataforma Fogo Cruzado

Para a análise, a pesquisa usou informações obtidas com a SME (Secretaria Municipal de Educação) sobre operações policiais que interferiram na rotina das escolas, como a suspensão das aulas ou o fechamento da escola, por exemplo.

A pesquisa considerou ainda que localidades registraram ocorrências de tiroteios, a partir da plataforma Fogo Cruzado. Desse modo, segundo os pesquisadores, foi possível georreferenciar e comparar 32 escolas com pelo menos seis operações policiais em 2019 e 37 que não tiveram essas ocorrências no mesmo ano.

“Foi considerada a similaridade entre os dois grupos em: indicador de complexidade da gestão; perfil socioeconômico das famílias; proporção de pais com alta escolaridade; proporção de alunos não brancos e proporção de educandos do sexo masculino. A única diferença entre os grupos foi a exposição a eventos violentos, como as operações policiais”, informou o CESeC.

Com informações da Agência Brasil.

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