Não é novidade que os casos de ômicron tem aumentado no mundo, mas o que muita gente não sabe – ou não imagina – é que a situação pode refletir na economia do mundo e, consequentemente, no Brasil.
Analistas ouvidos pelo G1 afirmam que os impactos ainda não podem ser ditos em números exatos, mas o que se pode esperar com está alta de casos é um aumento inflacionário no mundo e no Brasil, além de possíveis recessões na indústria e o setor de serviços
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“Eu vejo um potencial inflacionário para a ômicron”, declarou Cristiano Oliveira, economista-chefe do banco Fibra, ao G1. “Na China, por exemplo, com a política de ‘Covid zero’, já houve uma elevação do custo do frete no transporte de mercadorias”.
O risco estaria no potencial e possibilidade da variante da Covid-19 alterar cadeias de produção global, tal como já aconteceu com linhas de produção reduzidas e até interrompidas afetando a economia mundial.
Fechamento e Covid-19
Mesmo com a possibilidade da ômicron afetar a economia mundial e do Brasil, ainda não há indícios de que os setores devem trabalhar em ritmo reduzido e nem fechamentos, mesmo com impactos pontuais já estando sendo vistos.
Um ponto positivo, porém, é que a variante tem mostrado que seu potencial letal é menor, diante de uma população vacinada.
“Há uma limitação para a atividade do ponto de serviços e indústria com a necessidade de afastamento de pessoas” afirmou ao G1, Alessandra Ribeiro, economista da consultoria Tendências. “Não deve ser algo dramático, mas é mais um risco que pode enfraquecer a atividade no período em que essa situação durar”, declarou.
Inflação
A inflação se tornou um problema mundial com a pandemia, mas o Brasil ainda enfrentou obstáculos locais, entre eles a desvalorização da moeda, o que encareceu o custo de produção e foi repassado também ao consumidor. O cenário incerto fiscal e político foram os principais fatores que influenciaram na perda de valor do real.
Essa perda de valor também fez com que o preço da gasolina aumentasse, já que a Petrobras tem reajustado os valores com base no dólar e no preço do petróleo, a estatal defende que isso mantém o valor da empresa e evita o desabastecimento no país – o que vem gerando uma série de discussões.
Voltando a falar sobre inflação, o Brasil fechou o ano de 2021 registrando 10,06% no indicador, chama a atenção que valor maior não era registrado desde 2015. Mesmo neste cenário nada bom, o presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou a alta da inflação – confira mais informações clicando aqui.