O Índice Nacional de Preços ao Consumidor-Amplo 15 (IPCA-15), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou uma alta da inflação de 0,28% para o mês de agosto de 2023. Ele é considerado uma prévia da pressão inflacionária no país. Todavia, a variação no índice em julho ficou em -0,70%.
A princípio, de acordo com o IPCA-15 do IBGE, constatou-se um aumento no índice sobre a inflação no mês de agosto, depois de uma deflação (recuo dos preços), observada no mês passado. Em relação à pesquisa apresentada relacionada à pressão inflacionária, sete dos nove grupos pesquisados tiveram uma alta.
No mês de agosto do ano passado houve uma deflação de -0,73% no total. O aumento do índice de preços neste ano, se deu, em grande parte, pelo aumento da energia elétrica, que teve uma alta de 4,59%. Em julho, a conta de luz ficou mais barata para os cidadãos brasileiros, devido a incorporação do bônus de Itaipú.
Desse modo, no mês de agosto deste ano não houve o bônus, o que fez com que a energia elétrica ficasse mais cara. Sendo assim, é importante mencionar que houve um reajuste na conta de luz em três municípios: Curitiba, Porto Alegre e São Paulo. O acumulado de 12 meses para a inflação pelo IPCA-15 ficou em 4,24% no total.
Aumento da inflação
Ademais, o IPCA-15 deste período, ficou em cerca de 3,19% registrados nos 12 meses anteriores. É importante observar que a inflação atingiu seu ponto mais baixo em 2023. Vale ressaltar que no acumulado de oito meses, o índice de preços apresenta uma variação de 3,38%. Esse resultado veio acima das estimativas do mercado.
Aliás, uma pesquisa recente da Reuters indicava uma estimativa para a inflação de 0,17% e de 4,13% no acumulado de 12 meses. Este resultado ainda está dentro da meta para a inflação do Banco Central para o ano de 2023. De fato, essa meta atualmente é de 3,25% e pode variar entre 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo.
A estimativa do mercado financeiro é a de que a inflação para este ano fique em 4,90%. Os dados foram coletados no Relatório Focus, uma pesquisa semanal que abrange um grande número de instituições, realizada pelo Banco Central. O IPCA-15 do mês de agosto demonstrou uma tendência de alta para o índice.
Grupos pesquisados
O IPCA-15 do IBGE buscou informações sobre o aumento do índice de preços em vários grupos. Alguns deles apresentaram uma alta e outros uma queda ou estabilidade. Em síntese, na média geral total houve um aumento da inflação para o mês de agosto. Como falado anteriormente,esta é uma estimativa não oficial.
O setor de habitação teve uma alta de 1,08% no mês de agosto. Já a saúde e cuidados pessoais apresentou uma variação de 0,81%. Educação, 0,71%, Despesas pessoais, 0,6%, Transportes, 0,23%, Comunicação, 0,04%, Artigos de residência, 0,01%, vestuário, -0,3% e Alimentos e bebidas, -0,65% no total.
Inflação em diversos setores
Dessa maneira, a alimentação em domicílio com alguns itens em destaque, contribuiu para que houvesse um recuo geral no grupo durante o mês de agosto deste ano. Podemos citar a batata-inglesa que apresentou uma queda de -12,68%, o tomate com -5,6%, o frango em pedaços com -3,66% o leite longa vida com -2,4% e as carnes, com -1,44%.
A gasolina ficou mais cara no mês de agosto. Houve uma alta de 0,90% no combustível no período. Já o gás veicular teve um aumento de 1,88%. Dessa forma, o óleo diesel apresentou um recuo de -0,81%, e o etanol, de -2,55%. Em relação ao grupo dos transportes, as passagens aéreas tiveram uma queda exponencial de -11,36%.
Em conclusão, o IPCA-15 de agosto não contempla o reajuste dos combustíveis feito pela Petrobrás. No último dia 16 de agosto, a estatal anunciou uma alta de 16,3% na gasolina, e de 25,8% no diesel. O índice medido pelo IBGE foi coletado entre os dias 14 de julho e 14 de agosto. Portanto, a previsão é a de que a inflação oficial para o período seja maior.
O Banco Central tem se preocupado com a inflação no país e age com uma certa parcimônia. Em suma, o comitê de Política Monetária (Copom), reduziu a taxa de juros em 0,50% passando para 13,25% ao ano, devido a um recuo da pressão inflacionária no início de 2023. Ele age com moderação para combater o aumento dos preços.