ENEM e vestibulares: um resumo sobre o Tratado de Tordesilhas

O termo “Tratado de Tordesilhas” é usado para definir um dos tratados mais importantes de toda a história, uma vez que foi responsável pela divisão definitiva das terras do chamado “Novo Mundo”.

O assunto é abordado com frequência por questões de história geral dentro das principais provas do país, com um destaque para os vestibulares e para o ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio.

Assim, para te ajudar a alcançar um bom desempenho nas suas provas, o artigo de hoje trouxe um resumo completo com tudo que você precisa saber sobre o Tratado de Tordesilhas. Vamos conferir!

O que foi o Tratado de Tordesilhas?

O Tratado de Tordesilhas foi um acordo assinado no dia 7 de junho de 1494, na cidade de Tordesilhas. Dois Estados assinaram o acordo: Portugal e o reino de Castela (que posteriormente se unificaria a outros reinos e se tornaria aquilo que hoje conhecemos como Espanha).

O acordo criado durante o contexto das Grandes Navegações tinha como principal função dividir as terras que haviam sido descobertas no continente americano. Para isso, o tratado estabeleceu uma linha imaginária no oceano Atlântico, a cerca de 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. Assim, as terras descobertas a oeste dessa linha pertenceriam ao domínio espanhol, enquanto as terras a leste seriam de domínio de Portugal.

É claro que a divisão proporcionada pelo Tratado de Tordesilhas influenciou o modo de colonização do continente americano. Com a divisão resultando no acordo, os espanhóis se concentraram principalmente nas regiões a oeste da linha, enquanto Portugal explorou e colonizou áreas que estavam na região leste, incluindo o Brasil.

Antecedentes Históricos do Tratado de Tordesilhas

O Tratado de Tordesilhas surgiu enquanto resultado das Grandes Navegações, a expansão marítima europeia nos séculos XV e XVI. Portugal e Espanha lideraram as explorações e descobertas, em busca de rotas marítimas para as Índias e acumulando riquezas através do comércio com o Oriente.

Assim, nesse contexto de descobertas, os dois países sentiram a necessidade de criar e assinar acordos que poderiam oficializar a divisão das terras.

O primeiro deles foi o Tratado de Alcáçovas, assinado em 1479. Porém, esse Tratado deixou de ser válido quando Cristóvão Colombo chega ao continente Americano no ano de 1942. As descobertas de Colombo em 1492 aumentaram ainda mais a tensão entre Portugal e Espanha, pois os dois países percebem que os territórios possuíam uma extensão muito mais vasta do que aquela que eles haviam imaginado. Dessa maneira, o antigo acordo deixara de fazer sentido.

Assim,  para evitar conflitos, os governantes decidiram negociar um novo acordo de divisão de terras: a Bula Inter Coetera. A Bula foi assinada pelo Papa Alexandre VI e estabelecia uma linha imaginária a 100 léguas a oeste de Cabo Verde, na África. Dessa forma, as terras localizadas a oeste dessa linha pertenceriam à Espanha e aquelas localizadas à leste pertenceriam à Portugal.

No entanto, Portugal se sentiu prejudicado com o acordo e exigiu uma reformulação da divisão de terras. Essa atitude resultaria em um novo Tratado: o de Tordesilhas.

Elementos do Tratado de Tordesilhas

Dentre as principais consequências do Tratado de Tordesilhas, podemos citar a expansão das terras dominadas pelos portugueses que antes haviam sido estabelecidas pela Bula Inter Coetera.

Porém, com a assinatura do Tratado, outros países europeus se sentiram incomodados com a divisão das terras feitas por apenas dois países (Portugal e Espanha). Dessa maneira, algumas dessa nações (como a Holanda, a Inglaterra e a França) passaram a organizar expedições para reivindicar também a sua parte no Novo Mundo.

O Tratado de Tordesilhas esteve em vigor até o ano de 1580, quando começou a União Ibérica. Nessa União, Portugal e suas terras do Novo Mundo passaram a se submeter à Espanha, eliminando a necessidade do Tratado.

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