A Revolução de 1848, também denominada de Primavera dos Povos, foi um movimento de grandes proporções que afetou todo o continente europeu e é considerado um dos acontecimentos mais marcantes de todo o século XIX.
O tópico é abordado com frequência por questões de história geral dentro das principais provas do país, com um destaque para os vestibulares e a prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).
Dessa maneira, para que você possa estudar da melhor forma possível, o artigo de hoje trouxe um resumo com tudo que você precisa saber sobre a Revolução de 1848. Confira!
O que foi a Revolução de 1848?
O termo “Revolução de 1848” é usado para denominar um conjunto de políticos, econômicos e sociais que abalaram as estruturas do continente europeu no século XIX. Você pode encontrar os termos “Revoluções de 1848” e “Primavera dos Povos” sendo usados em referência ao mesmo movimento.
As agitações na Europa que aconteceram em 1848 foram marcadas pelas ideias liberais, socialistas e nacionalistas que circularam no continente. Além disso, podemos identificar dois importantes antecedentes da Revolução de 1848: a Comuna de Paris e a Revolução de 1830.
Antecedentes da Revolução de 1848
No ano de 1815, com o fim da Era Napoleônica, as principais potências da Europa se reuniram no chamado “Congresso de Viena” para tomar decisões importantes sobre o continente. Uma das políticas criadas ficou conhecida como “Restauração” e seria a responsável por restaurar as monarquias e as fronteiras europeias que existiam antes da eclosão da Revolução Francesa e do Império Napoleônico. Além disso, no Congresso foi criada também a Santa Aliança, um acordo entre os exércitos das monarquias europeias.
Porém, com o passar dos anos, uma forte crise econômica causada pelas péssimas condições de vida, as colheitas precárias e o aumento dos preços dos produtos provocou uma série de revoltas por parte dos camponeses e dos operários. Dessa forma, quando, em 1848, Karl Marx e Friedrich Engels publicaram o Manifesto Comunista, o pequeno livro encontrou as condições ideais para divulgar o ideal socialista entre a população.
Também devemos mencionar que os burgueses lutaram ao lado dos trabalhadores nas revoltas. A burguesia pregava ideais liberais e desejava uma maior participação no governo e o fim do autoritarismo.
É justamente nesse contexto conturbado que espalhou-se, em toda Europa, ideais de revolta e desejo de transformação: era o começo da Revolução de 1848.
Principais aspectos da Revolução de 1848
O rei Luís Filipe, que governava a França desde a Revolução de 1830, decretou algumas medidas para diminuir o autoritarismo no país, uma vez que os movimentos da Revolução de 1848 estavam se tornando insustentáveis. Porém, as ações do monarca não impediram o avanço das manifestações em toda a Europa.
Diante disso, Filipe e outros monarcas europeus tentaram acabar com as movimentações, decretando qualquer reunião de grupos como ilegal. Contudo, essa atitude somente provocou o aumento do sentimento de revolta entre os manifestantes, expandindo ainda mais a Primavera dos Povos.
Consequências da Revolução de 1848
As manifestações e revoltas da Revolução de 1848 geraram importantes consequências para a França, país em que o movimento teve início. Podemos citar, por exemplo, o fim da monarquia do rei Filipe e o início da Segunda República Francesa, que era baseada em um sistema republicano presidencialista. Com o novo regime, o direito ao voto se estendeu a todos os cidadãos adultos.
Porém, a Revolução de 1848 não gerou consequências somente para a França (e por isso o movimento é denominado também de “Revoluções de 1848”).
Dois países que foram muito afetados foram a Itália e a Alemanha. Nos dois, os ideais da Revolução de 1848 possibilitaram as condições necessárias para a unificação do país.
Além disso, é válido destacar que a Primavera dos Povos afetou também a Áustria, uma vez que o imperador do país, que governava de modo autoritário, foi forçado à abdicar.