Literatura no ENEM: Poesia Marginal

Poesia Marginal  é o termo usado para designar um movimento estético no Brasil, cujo desenvolvimento marcou meados do século XX, principalmente os anos 60 e os anos 70.

Além disso, são assim conhecidas as obras produzidas pelos ditos poetas marginais.

Costumamos relacionar a palavra marginal ao seu sentido mais vulgar, no qual é relacionada à pessoas que incorrem em ações previstas como crime, contudo, não é nesse sentido que a palavra é empregada aqui.

A Poesia Marginal é assim conhecida porque estava à margem, no sentido de estar fora do centro de produção artístico literário urbano. Este centro estava reservado aos grandes nomes da literatura brasileira, que faziam parte do eixo Rio de Janeiro e São Paulo.

Também ficou conhecida como Geração Mimeógrafo, pois os textos não eram publicados pelas grandes editoras ou em revistas. Desse modo, eram produzidos e copiados em mimeógrafos em pequenas tiragens. Além disso, os escritores o faziam como uma forma de protesto, no sentido de não “se venderem”.

Poesia Marginal e características das obras

Conhecida como marginal e engajada, a poesia da época se caracterizava por tratar de temas que não eram correntes na literatura das grandes editoras.

A literatura marginal foi uma espécie de experimento estilístico no qual temas como drogas ilícitas, álcool, tabagismo, homossexualidade, estavam presentes, entre outros.

É importante lembrar que o movimento em si não se restringiu apenas à literatura, mas estava presente também nas artes visuais e na música. Entre os artistas de destaque podemos citar o músico Torquato Neto e os escritores Ana Cristina Cesar e Chacal.

Este último é ainda um dos autores mais estudados da Poesia Marginal e seus textos estão muito presentes em provas de vestibulares e no Enem.

Dica: Os aspectos mais importantes cobrados em vestibulares são a forma livre assumida pelos textos, a liberdade dos temas, e seu caráter de rebeldia.

A Poesia Marginal é tão rica e ampla que não cabe ser resumida aqui, mas podemos dizer que inovou nas formas, pois não tinha métrica restrita, não possuía forma fixa, de modo que nem a rima quase não estava presente, pois os textos costumavam ser escritos em versos livres.

 

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