Nesta segunda-feira, dia 22 de novembro, o presidente Jair Bolsonaro voltou a negar que tenha interferido na composição das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. De acordo com ele, “ainda” teve “questão de ideologia” nas provas aplicadas ontem pelo Inep. Neste domingo (21), os participantes fizeram a prova de linguagens, de ciências humanas e de redação.
Bolsonaro teceu comentários sobre uma suposta intervenção no exame durante conversa com apoiadores na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada. Segundo o presidente, se ele e o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pudessem interferir, não haveria ‘questões de ideologia’ no exame.
“Estão acusando aí o ministro Milton de ter interferido na elaboração das provas. Olha, se ele tivesse essa capacidade e eu, não teria nenhuma questão de ideologia neste Enem agora, que teve ainda”, afirmou Bolsonaro.
O presidente afirmou ainda que é necessário aproveitar o banco de questões já existentes, mas afirmou que a situação ‘já está mudando’: “Agora, dá para mudar? Já está mudando. Vocês não viram mais a linguagem de tal tipo de gente, com tal perfil. Não existe isso aí”.
Crise no Inep
No início deste mês 37 servidores do Inep solicitaram desligamento devido à fragilidade técnica e administrativa da atual gestão. Além disso, os funcionários fizeram denúncias de tentativas de interferência no Enem.
Na última segunda-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que as questões do exame começam a ter “a cara do governo”. Posteriormente, ele negou ter acesso às provas. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, também negou a suposta interferência. De acordo com ele, o Enem terá a “cara do governo no sentido de competência, honestidade, seriedade”.
Apesar de negar o pedido de afastamento do presidente do Inep, o TCU deve encaminhar investigação para apurar interferência na composição das provas do Enem 2021.
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