As recentes enchentes no RS trouxeram devastação e perdas significativas para muitos moradores, incluindo a perda total de veículos devido aos alagamentos.
Mas, em resposta a essa calamidade, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RS) anunciou uma medida de alívio financeiro: a possibilidade de devolução parcial do IPVA de 2024 para os proprietários de veículos severamente atingidos.
A seguir, entenda melhor sobre como vai funcionar a devolução, quem terá direito e como solicitar.
Entenda o reembolso de IPVA no Rio Grande do Sul
A iniciativa de devolver o IPVA, conhecida como repetição de indébito, permite que aqueles que sofreram perda total de seus veículos durante as enchentes solicitem a devolução de parte do IPVA pago.
Este processo está previsto na legislação estadual e reflete a solidariedade do estado com as vítimas desse desastre de calamidade pública.
Dessa maneira, a medida é de grande relevância para aqueles que perderam os seus automóveis por desastre natural, após as enchente do RS.
Como solicitar o reembolso?
Os contribuintes poderão submeter o pedido de devolução do IPVA por meio dos sistemas online governamentais.
No entanto, esses sistemas ainda estão inoperantes devido às inundações. Por isso, o processo será liberado quando houver a sua total restauração.
A Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz) fornecerá orientações detalhadas sobre os procedimentos necessários para a solicitação, e o reembolso será proporcional ao tempo em que o veículo esteve inoperante durante o ano.
Enchentes no RS: medidas complementares
Além disso, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) adotou medidas para facilitar a situação dos condutores afetados, pausando por 90 dias os prazos para procedimentos como habilitações e registros veiculares.
Durante esse período, veículos registrados no Rio Grande do Sul são considerados regularizados para fins de fiscalização. Dessa forma, a iniciativa trará mais mobilidade para os condutores do estado.
Pagamentos de IPVA e multas durante as interrupções
É importante notar que, temporariamente, não será possível realizar o pagamento do IPVA de 2024, bem como de débitos anteriores. No entanto, uma vez que os sistemas forem restabelecidos, não serão aplicados juros ou multas retroativos.
Essas iniciativas demonstram o compromisso do governo do Rio Grande do Sul em minimizar os impactos socioeconômicos das enchentes para os proprietários de veículos, oferecendo suporte prático num momento de grande necessidade.
Enchentes do RS: outras medidas emergenciais
Além da devolução de parte do IPVA 2024, as enchentes do RS mobilizou, ainda, outras medidas governamentais para ajudar os atingidos.
Milhões de reais já foram liberados em incentivos e adiantamentos, o que gera mais viabilidade financeira para a população gaúcha.
Medidas para a população
O governo liberou várias medidas financeiras para a população do Rio Grande do Sul. Assim, confira todos os benefícios:
- Bolsa Família: haverá a antecipação dos pagamentos para o primeiro dia de repasses enquanto durar o estado de calamidade pública no estado;
- Restituição do imposto de renda: contribuintes gaúchos terão prioridade no recebimento do benefício;
- Seguro-desemprego: trabalhadores que já estavam recebendo o benefício antes de tragédia terão 2 parcelas adicionais;
- Abono salarial: o governo determinou a antecipação do abono PIS/PASEP para os trabalhadores do Rio Grande do Sul;
- Saque-calamidade: Trabalhadores com saldo no FGTS poderão receber até R$ 6.220 de suas contas por meio da modalidade;
- Auxílio Reconstrução: benefício de parcela única do Governo Federal que irá distribuir uma parcela de R$ 5.100 para as famílias desabrigadas.
Medidas para as empresas
Além das pessoas físicas, milhares de empresas do estado também tiveram sérios prejuízos após as enchentes no RS.
Por isso, o governo também criou algumas medidas voltadas para este públicos, a fim de ajudar na sua reestruturação. Confira a seguir:
- Liberação de crédito especial: governo direcionou R$ 30 milhões em empréstimos para as empresas do RS, por meio do Pronampe. A medida trará melhores condições de crédito e taxa de juros menores;
- Impostos: Por fim, outra medida governamental é a prorrogação do recolhimento de impostos. Dessa maneira, os contribuintes terão a carência mínima de 3 meses para fazer as suas contribuições federais e de impostos do Simples Nacional.