O presidente Jair Bolsonaro (PL) deve insistir na medida de oferecer empréstimo consignado pelo menos pra dois grupos de famílias com dificuldades socioeconômicas: aquelas que recebem o Auxílio Brasil ou o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
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Os que recebem o Auxílio Brasil, são os antigos beneficiários do Bolsa Família mais as famílias agora incluídas no benefício, já o BPC é pago para pessoas com deficiência ou então idosos que provem não ter condição de sustento.
O crédito consignado seria feito com retirada dos pagamentos do benefícios e juros que podem variar de banco a banco, mas a ideia é fixar um teto de 3% no ano. Ou seja, os juros para cada família poderá ficar neste empréstimo consignado entre 1% e 3%.
Técnicos do governo estimam que o valor comprometido com o empréstimo possa chegar a ser de 30% e 40%. Vejamos um exemplo, quem recebe R$ 400 de Auxílio Brasil, por exemplo, poderá comprometer até R$160 por mês do benefício social (40%), já quem recebe um salário-mínimo no BPC, poderá comprometer até R$ 484,80 no mês.
Projeto de empréstimo encontra oposição
A proposta, na realidade, já estava incluída no texto de medida provisória (MP) que criou o Auxílio Brasil, mas foi retirada na Câmara dos Deputados. Em mais uma tentativa, o governo pode propor o empréstimo consignado.
Um desafio nesta etapa é encontrar bancos parceiros, principalmente pela possibilidade de taxa de inadimplência entre as famílias mais carentes, além de ser considerar com uma forma de endividamento para este grupo.
O ministro João Roma, do Ministério da Cidadania, seria defensor da medida de empréstimo consignado, por acreditar que poderia ser uma alternativa de juros mais baixos para as famílias que desejarem participar do programa.
As informações são do Brasil Econômico.
Como solicitar?
As famílias carentes seja aquelas que recebem o Auxílio Brasil ou o BPC ainda precisam aguardar o lançamento oficial do programa pelo governo. Após lançado, as regras devem ser divulgadas com mais clareza.
A medida pode ser liberada junto com o “pacote de bondades”, que prevê, entre outras coisas, a liberação do 13º dos aposentados neste primeiro semestre e a liberação de até R$ 1 mil do saque do FGTS.
As medidas criadas para socorrer a economia ainda não foram anunciadas oficialmente, mas Guedes acredita no potencial do Brasil, mesmo diante da guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Confira mais detalhes no artigo especial.