De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, em julho deste ano a economia brasileira criou 218,9 mil empregos com carteira assinada. O governo federal informou que, durante todo o período, foram registrados 1,89 milhão de contratações e 1,67 milhão de demissões.
Segundo o levantamento, ao analisar em comparação com o mês de julho do ano anterior, foram criados 306,5 mil empregos formais. Já para o mês de julho de 2020, foram abertos 108,4 mil empregos com carteira assinada, em meio ao isolamento do Covid-19. Os analistas informam que a comparação com os anos anteriores a 2020 não é adequada, uma vez que o governo mudou de metodologia.
Geração de empregos acumulada durante o ano
Segundo os dados do Ministério do Trabalho, entre janeiro e julho, 1,56 milhão de vagas formais foram criadas no país. Contudo, tal número apresenta recuo na comparação com o mesmo período no ano de 2021, quando foram criadas 1,79 milhão de vagas.
José Carlos Oliveira, ministro do Trabalho e da Previdência, lembra que a sua previsão para o ano de 2022, era que o Brasil criasse 1,5 milhão de vagas. O número já foi superado nos sete primeiros meses deste ano. “Isso faz com que a gente possa projetar um número maior”, declarou. Contudo, o ministro não citou uma nova estimativa.
De acordo com dados oficiais, ao final de julho de 2022, o Brasil possuía um saldo de 42,24 milhões de empregos com carteira assinada. Valor este que representa um aumento quando comparado com junho deste ano (42 milhões) e com julho de 2021 (39,7 milhões).
Por fim, o governo federal também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.926,54 em julho deste ano. O valor em questão representa uma alta real (descontada a inflação) de R$ 15,31 em relação a junho.
Segundo o Ministério do Trabalho, este é o segundo mês seguido de aumento real no salário médio de contratação. Contudo, ao ser comparado com o mês de julho do ano passado, o salário médio de admissão recuou, pois estava em R$ 1.982,55 naquele mês.
Diferença de dados do IBGE
É importante ressaltar que, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados levam em consideração apenas os trabalhadores com carteira assinada, deste modo não incluem os informais. Com isso, os resultados não devem ser comparados com o número de desemprego divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Isso porque, os dados coletados pelo IBGE são obtidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). Em que são obtidos por meio de pesquisa domiciliar, abrangendo também o setor informal da economia. Enquanto o Caged é coletado das empresas.
Na análise de dados do IBGE, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,3%, no trimestre encerrado em junho. Este foi o menor patamar para o segundo semestre, desde 2015, quando ficou em 8,4%. No entanto, a falta de emprego no país atinge 10,1 milhões de pessoas, resultando em uma queda de 1,9 milhão em comparação aos três meses anteriores.