Com o encerramento de seu último processo seletivo em 2022, a Eletrobras vem se preparando para o lançamento novo concurso. Desse modo, a expectativa é de que a oferta de vagas ocorra ainda na última semana deste mês de março.
De acordo do o último comunicado oficial da empresa, no dia 09 de março, a Eletrobras iria lançar um novo processo no fim deste mês. Portanto, o prazo final para a publicação das vagas se encerra na próxima sexta-feira, dia 31.
No total, espera-se que a emprese oferte 832 oportunidades celetistas para diversas subsidiárias. Isto é, sendo elas a Eletronorte, CGT Eletrosul, Furnas e Chesf.
Todas as contratações serão aos setores de Manutenção e Operação, por meio da oferta de cargos de nível médio, técnico e superior.
Além das remunerações, os contratados também terão direito ao recebimento de benefício. Isto é, como vale transporte, auxílio alimentação, previdência complementar e plano de saúde, por exemplo.
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“Com o processo seletivo, as empresas Eletrobras avançam na direção de um quadro de colaboradores com uma rica composição de jovens talentos e experientes profissionais, incentivando a troca de experiências e aprendizado”, divulgou a Eletrobras através de comunicado oficial.
Como será o processo seletivo após processo de privatização
De acordo com a Eletrobras, após seu processo de privatização em 2022, não haverão novos concursos públicos. Desta forma, a publicação de novos editais já está descartada.
A seleção futura de novos colaboradores, portanto, será de acordo com os moldes de outras instituições do setor privado, com a oferta de vagas celetistas.
A coordenação dos próximos processos seletivos será pela própria Eletrobras, que não irá mais realizar a contratação de bancas organizadoras.
“Desde o ano passado a Eletrobras é uma empresa privada, não realiza mais concurso e, portanto, o processo seletivo não terá um edital. As outras informações serão divulgadas no lançamento do processo seletivo, que vai ocorrer na segunda quinzena de março”.
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Logo, os concursos não se destinam à empresa em si, mas às suas subsidiárias.
Como foi o último concurso da Eletrobras?
No ano passado ocorreu o último concurso público da Eletrobras. Assim, este contou com a oferta de 137 oportunidades para a Eletronuclear.
As vagas se distribuíram para as cidades do Rio de Janeiro e de Angra dos Reis.
No nível médio/técnico foram 33 vagas para as carreiras de:
- Profissional de proteção radiológica
- Segurança de área protegida nuclear
- Segurança do trabalho
- Técnico eletricista
- Técnico construção civil
- Técnico eletromecânica
- Técnico eletrônica
- Técnico eletrotécnica
- Técnico meio ambiente
- Técnico química
As remunerações as estas áreas foram de R$ 3.653,06, para os candidatos de Angra dos Reis, e R$ 3.740,73, para os do Rio de Janeiro.
Já para o nível superior, foram 104 oportunidades para os cargos de:
- Administrador
- Advogado
- Arquivista
- Assistente social
- Biólogo
- Contador
- Designer
- Economista
- Engenheiro
- Físico
- Químico
- Pedagogo
- Analista
Assim, os servidores contariam com uma remuneração inicial de R$ 7.209,26, para atuação em Angra, e R$ 7.382,28 para a cidade do Rio de Janeiro.
É possível que o próximo concurso tenha cargos semelhantes, a depender da subsidiária. No entanto, apenas será possível ter certeza com a publicação do edital.
Lula comenta sobre privatização da Eletrobras
Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desferiu fortes críticas à ação. Ademais, ele declarou que a Advocacia Geral da União (AGU) deverá acionar a Justiça com o objetivo de revisar a medida.
O presidente classifica o processo de privatização como “errático”, “lesa-pátria” e “quase que uma bandidagem”.
Nesse sentido, para o Lula, os termos da privatização da Eletrobras são “leoninos” contra o governo. Isto é, pois impedem que a União retome o controle acionário da empresa.
“O que foi feito na Eletrobras foi um crime de lesa-pátria. Você privatizou uma empresa daquele porte e usou o dinheiro para o quê? É como se você tivesse a sua casa e dissesse que decidiu vender a sua casa para pagar a sua dívida. Você vai ficar com o que na vida? Uma empresa como a Eletrobras é um patrimônio desse País e tem que ter muita responsabilidade”, declarou Lula.
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“Eu espero que um dia, se a gente tiver condições, a agente volte a ser dono da maior empresa de energia que esse País já teve”, comentou o presidente.
Presidente do TCU fala sobre privatização da Eletrobras
Nesta segunda-feira, 27 de março, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, falou sobre a privatização da Eletrobras.
De acordo com ele, é legítimo que o presidente Lula queira rever o processo de privatização da empresa. Contudo, ele não acredita que exista algum espaço jurídico para que o Supremo Tribunal Federal (STF) reverta a medida.
A declaração do presidente do órgão ocorreu no decorrer de uma conferência em São Paulo.
A medida provisória que possibilitou a privatização da Eletrobras foi durante a gestão de Jair Bolsonaro. Então, o texto obteve aprovação do Congresso Nacional e foi chancelado pelo Tribunal de Contas da União. Assim, os trâmites terminaram em junho de ano passado.
“Considero legítimo o debate. Agora, ao que foi feito, pronto, acabado e já se encontra em plena vigência, eu considero difícil o Supremo Tribunal Federal entrar numa questão como esta, você tem o ato jurídico perfeito. Não vejo muito espaço para uma discussão judicial. Vamos ver”, destacou o presidente do TCU.
“O questionamento é um questionamento válido. Como alguém que tem 40% do capital só pode exercer 10% dos direitos políticos? Agora, isso foi uma escolha e, no momento em que foi feita, estava absolutamente ao amparo da lei”, completou Dantas.
Como foi o processo de privatização?
Quando se definiu a privatização da Eletrobras, o governo de Jair Bolsonaro, preferiu optar pelo processo de capitalização da empresa. Isto é, a União disponibiliza a oferta de novas ações da Eletrobras na bolsa de valores e deixa de ser a principal acionista controladora da instituição.
A elevação do capital social da empresa ocorreu por meio da oferta pública de ações. A União manteve, contudo, uma ação preferencial de classe especial, denominada “golden share”. Esta, então, concede o poder de veto nas futuras deliberações sobre o estatuto social da empresa.
No entanto, a Eletrobras acabou se tornando uma empresa sem controlador definido. Isso ocorre pois, de acordo com o governo, o poder de voto de cada acionista passou a ser limitado a 10%, independentemente da participação que o acionista tenha nas ações da instituição.