‘Tem sintoma, faz o teste’, diz secretário sobre volta às aulas em SP

O secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, tem feito declarações à mídia a respeito da volta às aulas em fevereiro. De acordo com o governo, ainda que as cidades se encontrem no estágio vermelho da prevenção contra Covid-19 as escolas abriram suas portas.

Segundo o líder da pasta da educação, assim que houver o retorno os educadores, profissionais, assim como alunos poderão fazer o teste de coronavírus. Entretanto, não será uma medida profilática, mas sim caso haja sintomas.

“Em relação à testagem, é preciso monitorar. Se o pai está com sintoma, a criança já não vai à escola. Se a professora não tem sintoma, mas o marido tem, já não vai”, explica o secretário.

De acordo com o portal UOL, nesta semana professores reclamaram em entrevista de decisões “de cima para baixo” com a definição sobre volta às aulas. Rossieli, por sua vez, garantiu que o governo possui vias para manter o diálogo, contudo, não há a possibilidade de dar atenção a todos os envolvidos.

“São 250 mil pessoas, se todo mundo precisar ser ouvido… Não é assim. Todas as famílias, 7 milhões de pais? Fazemos multifocal. Temos uma série de metodologias”, diz.

Aulas em meio à pandemia

Em entrevista ao portal UOL, Rossieli Soares explicou como os protocolos para a retomada das aulas presenciais têm sido formulados.

“Estamos trabalhando com mais de um cenário, obviamente. Quando apresentamos a operação do Plano São Paulo, em dezembro, tínhamos um cenário com volta arriscada. Todo estado [estava] em fase amarela por 28 dias, mudamos para a regionalização. Agora, temos um tipo de cenário de fase vermelha e laranja, até 35% dos estudantes, e amarela, com 70%. Não havia essa abertura antes. Na fase vermelha, era fechado”, justifica o secretário.

Além disso, ele reiterou que haverá testes para os estudantes ou então os profissionais da educação que apresentem sintomas de coronavírus.

“Sempre que necessário, sim. Não é obrigatório. Se tem sintoma, faz o teste. Temos feito desde setembro. Obviamente, será mais prevenção. Mas sintomas que podem ser [covid], por exemplo, a coriza, [já apontam para que] a pessoa não vá para a escola. Se algum parente está [doente], não vai. Mais importante do que qualquer testagem é o monitoramento. Porque isola antecipadamente”, assumiu.

Casos nas escolas

Uma nota oficial do governo do Estado colocou que não houve registro de nenhum caso de Covid-19 nas escolas da rede por enquanto. Nesse sentido, em relação ao acompanhamento dos números, a saber, o secretário revelou que se observa a partir do primeiro caso com sintomas e busca-se o isolamento dos envolvidos.

“Mais de 1,5 milhão de alunos tiveram aula em 2.800 escolas e não houve nenhum caso de transmissão. Fazemos o isolamento imediato, definimos quais os contactantes, se foi um dia na escola, com quem teve aula, com quais colegas esteve, para testar e acompanhar cada um dos casos. Se duas pessoas tiveram também, isola a turma. Dependendo da característica, podemos fazer o isolamento da própria escola. Não tivemos caso de nenhuma segunda pessoa [com a doença]”, explicou.

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